quarta-feira, junho 15, 2005

Hoje

Hoje, as 21h, eu vou encontrar com meu pai.
Isso, se ele não inventar uma desculpa de novo prá fugir da história,
como ele fez no final de semana.
Ele vai lá em casa.
Acabei achando melhor prá poder ter uma pessoa q eu confie por perto.
Combinei com o Vini prá ele ficar junto.

As nossas ultimas conversas por telefone foram bem mais leves prá mim,
eu até conseguia chamar ele de pai,
coisa q eu não fazia muito, nem qdo a gente se via mais seguido,
q dirá nos ultimos 16 anos.
Mas hj ...
eu tô quase com uma crise de fibro instalada no meu corpo.
Tô tensa, dura, meu trapézio quase lateja de tão rígido.
Ontem de noite eu já tava mal.
Um pouco triste, um pouco irritada,
uma sensação de esgotamento, de desistência,
de não vale a pena, melhor ficar quieta e sumir.
Hj é a rigidez, os músculos duros.
A sensação de tristeza, de raiva, de sufocamento.
Consigo lembrar q essas sensações eram as que eu vivia
quando a gente se encontrava, mas
não consigo mudar as sensações.
Tô assustada, agitada, angustiada.
Tô com raiva também.
A mandíbula tá dura, a respiração tá diferente,
como seu eu fosse para o "eu te odeio" nos próximos 5 segundos.
Se eu não tivesse decidido q vou nessa história até onde tiver de ir,
eu juro q desistia agora mesmo.
Meus braços dõem, por causa da tensão nos meus ombros.

É louco perceber o quanto o meu corpo reflete o meu estado emocional.

Antes eu não enxergava isso.
De uns tempos prá cá,
não importa o que esteja vindo,
eu tenho sensações corporais que parecem gritos,
de tão forte que eu sinto.
Foi assim quando revi o Amauri e tive as sensações corporais fortes
sobre querer ficar com ele,
foi assim na semana passada, quando entrei na onda que precisava transar,
e senti o agito interno que isso tava me causando.
Está sendo assim hoje, com a tensão pré reencontro.
Eu queria gritar até explodir.
Mas talvez seja até bom que eu não possa fazer isso.
Talvez ... eu precise levar essa carga toda para a nossa conversa.

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