domingo, março 30, 2008

2008 começando

Então ...
pela enésima vez, estou retomando meus escritos neste blog.
Nada demais.
Eu, na verdade, havia me desinteressado por ele.
Tanta falta de método, de seqüência, e quando havia algo prá dizer, havia uma tal necessidade de contextualizar, que eu fui me desinteressando.
Tanto, que em 2008, não havia escrito nenhuma vez.
But ... então ... houve uma balada do meu gosto.
Fomos ao samba da praça Roosevelt, e depois ao Pau Brasil (e quando digo, fomos, falo da Paola, Vinicius de la Rocha, Bruno e eu). Isso foi ontem.
E daí, sabe-se lá por qual motivo, passaram a falar sobre blogs.

E senti saudades da "Noite de Amor"!
Minha noite nem tão escura quanto se pode imaginar, nem tão clara quanto eu gostaria.
Meu sannyas, minha vida, minhas observações, minha mania de filosofar.

E, de repente, fiquei pensando em algumas coisas.
Por exemplo, o que meus amigos, dos mais chegados aos mais superficiais, sabem de mim?

Isso me vem, justamente por causa do Vinícius de la Rocha.
Meu conhecido em Porto Alegre, com quem fiz Namastê (e eu comecei essa história em 2002, ou seja, faz tempo), e de repente, aqui em Sampa, descubro que temos gostos em comum, que eu jamais soube que existiam. E de 2002 até 2006, quando saí de Porto Alegre, muitas vezes nos vimos, mas não nos enxergamos.
Claro que eu também percebo, que em Porto Alegre, eu nem me percebia do quanto eu gosto de samba. Isso tem ficado mais evidenciado aqui em Sampa, nos lugares que eu curto e me sinto mais a vontade. Por isso, o samba da praça roosevelt me energiza tanto (pois eu, realmente, me divirto demais).

Quantos dos meus amigos, sabem que músicas eu gosto?
Quais os meus cantores prediletos?
Quais as pessoas que sabem que eu não gosto de falar com alguém e estar com fones nos ouvidos?
Que se eu chegar em uma loja, em um balcão para pedir informações e o meu celular tocar no mesmo instante, que eu vou atender rapidamente e pedir para ligar depois, pois eu considero falta de respeito, atender o telefone e segurar o funcionário para me atender ao mesmo tempo?
Sei que isso pode ser apenas um sintoma do meu "condicionamento", mas como eu não tenho como saber o que eu faria sem o tal do treinamento, afinal ele já impregnou meus atos e pensamentos, eu sigo agindo assim, e gosto de agir assim.
Mas, quem sabe disso???

Em um aniversário meu, eu ganhei um cd da Madonna de presente.
Até hoje eu penso sobre isso.
Quem me deu, sabe do que eu gosto?
Sabe o que me interessaria?
Não sei.
Na verdade, acredito que não.

O que eu sei, sobre os meus amigos?
O que me une a essas pessoas?
O que eu sei deles?
O que eu deixo que eles vejam?
O quanto eles me permitem ver?
E o que eu simplesmente julgo?
Sei não.
O que faz com que todas as vezes que eu veja tulipas eu me lembre da Paty Valim?
Que ao ver selos diferentes eu lembre do Vladimir, e acabe separando um selo prá ele, mesmo que eu só vá entregar quando for para Porto Alegre?
O que me faz ao ouvir certas músicas lembrar do Léo, da Paty, do Vini, do Renato ou do Z?
O que faz uma pessoa lembrar de mim, e por que uma informação mínima sobre uma pessoa faz com que ela fica registrada na minha vida, ... ou não.

Por que todas as vezes que eu faço uma tabela de funcionários da Biblioteca eu sempre esqueço de registrar o nome do Jackson?

Eu e as minhas filosofias baratas de boteco, ou de antes de dormir.
Isso também me lembra a Paty e nossas infindáveis conversas sobre o ser humano e os relacionamentos. Principalmente sobre os nossos relacionamentos e expectativas.

Sinto que estou gostando da idéia de retomar meu blog.
Obrigada Paola, Vini e Bruno, vocês me deram uma boa idéia.

Quem sou eu

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Garibaldi, RS, Brazil
Sem palavras pra descrever