segunda-feira, novembro 23, 2009

Supressão



A figura desta carta apresenta-se literalmente "emaranhada em nós". Sua luz ainda brilha no íntimo, mas esse personagem reprimiu sua própria vitalidade na tentativa de corresponder a muitas exigências e expectativas. Abriu mão de todo o seu próprio poder e visão, em troca de ser aceito por essas mesmas forças que o aprisionaram. O perigo de reprimir dessa maneira a própria energia natural é visível nas rachaduras de uma erupção vulcânica que está para acontecer em toda a volta da figura.

A verdadeira mensagem desta carta é que é necessário encontrar uma saída de cura para essa explosão iminente. É essencial encontrar uma maneira de dar vazão a qualquer tensão e estresse que possam estar se acumulando, neste momento, dentro de você. Soque um travesseiro, dê pulos, procure uma área deserta e berre contra o céu vazio: qualquer coisa que possa ativar sua energia e consiga fazê-la circular livremente. Não espere que aconteça uma catástrofe.

domingo, novembro 22, 2009

Minha coleção de cristais

Neste final de semana, eu me torturei.

Busquei o fundo do poço pra tentar me reerguer.

Mas, aparentemente, eu não consegui subir ainda.

Parece que mais um cristal da minha coleção se quebrou.

sexta-feira, novembro 20, 2009

13 dias de tratak

Me decidi a fazer 21 dias de tratak.
Há anos eu não encarava os 21 dias de meditação alguma, mas tratak sempre me ajudou e comecei por aí.
A idéia inicial era fazer heart chakra por 21 dias, mas acabei mudando de idéia e já estou neste embalo, mas ... sei lá.
Não consigo saber em que ponto vou chegar.
Nestes treze dias (hoje eu completo 14), eu já tive as mais diversas sensações durante e depois do tratak.
Houveram dias em que fui dormir depois da meditação e simplesmente apaguei (e isso já foi beeeeeeeem comum).
Em tempos passados (por volta de 2005) eu fazia essa meditação até mesmo para me ajudar a dormir melhor. Porém, nos últimos tres dias, isso tem sido impossível.
Em uma determinada hora (por volta das 3h pra ser mais justa) eu perco o sono totalmente. E até durmo de novo, mas não é um sono de qualidade. E como eu acordo cedo todos os dias isso acaba tornando o meu dia esgotante, até por que o calor aqui em Paraguaçu tem infernizado a minha vida (e de toda a comunidade paraguaçuense).
E muitas vezes me vem uma imensa solidão.
É um sentimento que eu conheço e que não deveria ser tão perturbador, mas ...
tem me deixado bem vulnerável. Eu me sinto aberta e frágil, e sozinha como jamais estive, e a intensidade desta sensação aumentou nos tres ultimos dias.
E o que é pior, quando alguém me faz algum elogio, ou comentário positivo, eu pioro.
Ontem, meu amado amigo Vini de la Rocha, me mandou um sms lindo falando do quanto somos conectados e o quanto ele se sente bem comigo.
Eu simplesmente não soube o que dizer.
Não preciso dar uma resposta, não acredito que a mensagem tivesse a intenção de receber um retorno, mas - com certeza - a idéia não era de que eu ficasse triste. Era para eu me sentir amada, conectada, bem vista, e eu me senti dolorida.
Só que ao reunir a sensação de solidão que me veio nas últimas meditações, com o sentimento de desamparo que veio ao ler a mensagem, eu simplesmente não sei o que está acontecendo comigo. Não sei o que tanto me dói, ainda.
Na minha visão, pequena e restrita, de ser humano com pouca compreensão dos mistérios da existência, era para eu me sentir reconfortada.
Mas não foi assim.
Eu me senti sofrendo.
Acho que se ele tivesse me mandado "a puta que me pariu" eu estaria mais sossegada.
Me vieram lembranças da adolescencia, de quando a maioria dos meus amigos da igreja, diziam exatamente isso, que eu era a melhor amiga deles, que eu sempre estava presente, que eu sempre estava disponível, e que eles me amavam muito.
Alguns destes adolescentes, eu nem achava que eu fizesse algo de tão especial, mas
acabava descobrindo que na opinião deles eu tinha "andado a segunda milha" com eles.
Normalmente, essas descobertas me deixavam desconcertada.
Era como se estivessem me dando prêmios que eu não merecia.
E eu ficava com vergonha.
Sorria, fazia alguma piadinha a respeito e deixava tudo por isso.
Mas agora, eu me dou conta que eu sentia tanta dor e inadequação quanto sinto agora.
E, ao mesmo tempo, eu quero tanto amar e ser amada.
Não tenho dificuldade em dar amor aos meus amigos (que hoje eu considero que são tão poucos, como sempre foram poucos, porém agora bem mais do que as quantidades que eu considerava há uns 10 anos atrás).
Mas eu tenho dificuldade de coordenar a minha vida amorosa e romântica.
E eu sou tão romântica.
Acredito tanto na gentileza, no carinho, no cuidado e no companheirismo.
E, simplesmente, não vejo isso em nenhuma relação amorosa próxima (minto, até que vejo isso no casório da Gládis, mas deve ser o único), e simplesmente me bate uma desesperança. E essa desesperança afeta todo o resto.
E mesmo que os meus amigos me deêm amor, eu sinto como se as coisas estivessem erradas. Como se eles estivessem me danto tanto, e eu queria um tanto parecido dos homens por quem me apaixono (e o pior de tudo é que eu não me apaixono a tanto tempo).
Eu preciso entender por que é tão fácil me tornar próxima de tantas pessoas como amiga, e não é nada fácil me tornar próxima de um amor romântico.
Ah, sim, esqueci de comentar, eu não quero nada menos que um amor romântico, de verdade, com flores, carinho, atenção, colo, vinhozinho no jantar, música gostosa, todo aquele pacote quase de filme de Hollywood.
Eu sei que não se mantém uma história assim por toda uma vida, mas eu sei que se pode trazer isso pra uma história pelo menos em alguns momentos (e eu ainda acredito que possa vir bem mais frequentemente se assim quisermos).
Só que eu não vivo nem um por cento disso há muito tempo.
E ao que parece isso está me machucando demais.
E o que é pior.
Quando um amigo ou amiga, diz algo que me emociona, isso me deixa mais sofrida.
Nesta mesma semana, minha ex-colega de quarto do pensionato, Amanda, também mandou uma mensagem super bonita de proximidade e importância na vida uma da outra.
E eu achei tão legal ela me dizer isso, e eu fiquei tão triste ao mesmo tempo.
As pessoas não costumam dizer umas às outras o quanto elas são importantes.
Vivemos numa sociedade em que isso não é comum.
Mas vários amigos meus, conseguem delicadamente, sem alardes ou encenações, me dizer que eu sou importante pra eles.
E ISSO ME DÓI!
É SIMPLESMENTE O INFERNO SENTIR ISSO.
E eu me sentindo só, todos os dias.
Como? Por qual motivo eu sinto uma coisa tão maluca assim?
Ah, eu sei, minha vida amorosa tá uma merda há séculos, mas receber amor dos amigos não vai me preencher até eu encontrar um amor pra viver?
Eu não suportava mais me sentir um pedaço de carne exposto num açougue para os homens ficarem avaliando e decidindo se compravam ou não.
E alguns homens agindo como se eu fosse a última bolachinha do pacote, mas sem realmente me verem e saberem quem eu era, e outros agindo como se "eles" fossem a última bolachinha do pacote, e eu não era ninguém para perderem seus tempinhos maravilhosos com um ser humano normal.
Eu não consigo acreditar em nenhuma das duas perspectivas, mas eu estava sendo afetada pelas duas. Pois me restavam poucas opções; ou eu aceitava o amor submisso e sem noção dos caras que acham que eu sou a última bolachinha do pacote, e ficava brincando de vodu com os caras. Ou eu deveria implorar a atenção dos megalomaníacos que buscam um relacionamento de aparências para mostrar no orkut.
Eu não quero nada disso pra mim.
Mas eu estou me sentindo perdida e completamente sem nexo, por que eu não vivo um relacionamento amoroso.
Ah, esqueci, também me restaram os caras que não querem nada.
Só querem uma mulher na cama pra passar um tempo.
Também enchi destes caras.
A maioria brocha antes de fazer algo na cama (e o que é pior, o negócio nem funciona direito).
Um bando de machistas, que usa a "revolução feminina" pra dizer que comeu mais uma mulher mas que não tem cacife pra bancar o apetite desta mulher.
E parece que o tratak tem me obrigado a sentir isso todos os dias.
Todos os momentos, da hora que eu acordo a hora que eu fecho os olhos depois da meditação.
QUE ÓDIO!

sábado, outubro 03, 2009

Violência urbana

No dia 30 de setembro eu estava em São Paulo.
Fui fazer um treinamento pelo trabalho.
Adorei o treinamento e teria ficado encantada com tudo que ouvi
se no final do dia não tivesse recebido um grande baque.
Fui ao Mackenzie e descobri que minha amiga Andréia
tinha se tornado mais um número na estatística da violência urbana.
O cunhado dela levou um tiro na cabeça e no coração ao meio dia daquele dia.
Eu não conheci o cunhado dela, e na verdade
ele seria mais um número estatístico se não fosse o parentesco com uma amiga.
No dia anterior ainda estávamos comentando,
que em pouco tempo de convivência tivemos uma grande simpatia uma pela outra.
E eu fui entender o tamanho da simpatia, ao receber a notícia.
Fiquei chocada.
Meu corpo todo enrijeceu quase na mesma hora.
Em certos momentos é bom ser fibromiálgica:
não tem como não reconhecer as alterações físicas.
Eu fiquei com aquela lentidão que me atinge
quando eu recebo uma bomba.
E eu teria ficado em Sampa se não fossem as minhas responsabilidades profissionais.
Tenho consciencia que nada que eu fizesse ou dissesse mudaria a dor da Déia.
Mas ... se eu pudesse teria feito algo mais.
A sensação de impotência que eu fiquei foi sufocante e opressiva.
A violência urbana bateu pela segunda vez quase na porta.
E por isso, eu lembrei da Meeta.
Como é possível um ser humano ter tamanha fúria contra outro ser humano?

sábado, setembro 26, 2009

Divisão

Estou novamente cheia de dúvidas.
E não estou sabendo o que fazer.
De uns tempos pra cá,
tenho me preocupado mais com a saúde da minha mãe.
Ela não me parece bem.
Devido a esta percepção,
tenho sentido muita vontade de voltar para o Rio Grande do Sul.
Mas não sei se isso não é apenas uma grande ilusão.
Apesar de amar o Rio Grande do Sul como minha terra de origem,
apesar de sentir saudades dos amigos e da cidade,
eu considero que meu estado degringolou
de tal forma que não vale a pena viver por lá.
A decepção com os políticos que representam meu estado,
com a situação econômica e social tanto em Porto Alegre
quanto no estado em geral, é imensa.
E ao que parece, toda a população gaúcha escolheu permitir estes desmandos.
Apesar de morar no interior do estado de São Paulo,
leio os jornais de Porto Alegre praticamente todo o dia,
acompanho a Record News Sul para saber as últimas notícias da região.
E, sinceramente, elas não são boas.
Tanto na questão ambiental, nos desequilíbrios climáticos,
quanto nas questões sociais, políticas e econômicas.
Meu estado é governado por uma mulher
- cuja administração está completamente sob suspeita -
e meus conterrâneos colocaram aquele ser humano no posto que ela atua hoje.
E, ao que parece, devem estar gostando de ser roubados,
pois ela continua sendo a governadora do estado.
Uma humilhação absoluta, nossa primeira governadora,
não conseguiu manter uma lisura administrativa,
todo o grupo chamado por ela para administrar
parece não ter resistido a oportunidade de roubar
a máquina pública e o contribuinte gaúcho.
O meu lado curioso por política, para o qual eu nunca dou muito incentivo,
não consegue ficar completamente abstraído da situação.
Eu fico completamente envergonhada.
Não fui eu que a elegi e acredito que a maioria dos meus amigos
não o faria, mas em algum momento nos omitimos de forma intensa,
senão ela não estaria na posição que está.
O prefeito do município de Porto Alegre é José Fogaça,
e a governadora é Yeda Crusius.
Meu conterrâneos elegeram pessoas não por sua competência,
mas por sua visibilidade pública,
e apesarem de pagarem o preço de sua incompetência administrativa,
estão deixando todos os desmandos acontecerem.
Quase me sinto como se tivesse nascido no Maranhão,
e tivesse de suportar os desmandos do coronelismo.
Pelas minhas últimas leituras, não está muito diferente no RS.
E eu estou mais preocupada com o bem estar físico da minha mãe.
Mas, por estas questões políticas, não consigo visualizar uma oportunidade
para retornar ao RS, meu estado não me serve mais.
Não é mais um estado de pessoas educadas e cultas.
Não é mais um estado cujas contas sejam melhores administradas
que no restante do Brasil.
Improbidade administrativa por improbidade administrativa,
eu prefiro o Kassab e o Serra.
Nunca transferi meu título eleitoral.
Sempre acompanhei a política do RS para poder continuar votando no RS.
Agora estou pensando em mudar essa posição.
Mas ... e se eu resolver voltar.
Mas ... voltar para o que???
Existe algo no estado do RS que possa me oferecer alguma oportunidade?
Tenho pós-graduação, não sou uma pessoa completamente sem preparo,
apesar de achar que deveria ter mais conhecimentos acadêmicos,
sou culta, tenho inteligência, curiosidade, capacidade de me desenvolver.
E que oportunidades, o RS oferece para uma bibliotecária formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com pós graduação em Administração de Negócios, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com 10 anos de experiência em Bibliotecas Universitárias, e agora atuando em Biblioteca Escolar ( e repensando todo o meu posicionamento político e social justamente devido a esta atuação).
O que o RS tem de interessante pra mim, tirando os meus amigos e a minha mãe?
Pois se eu paro pra avaliar friamente,
são apenas questões afetivas que me levam de volta.
Talvez, voltar para o RS,
seja enterrar o meu crescimento
pessoal e profissional.
Estou cheia de dúvidas,
e minha intuição não me oferece nenhuma luz.

sexta-feira, setembro 04, 2009

A segunda vinda

Hoje, no trabalho, uma colega me disse que eu devia frequentar uma igreja.
Do ponto de vista dela, eu preciso frequentar uma igreja, para o caso de Jesus Cristo voltar.
Eu não discuti.
Não é do meu feitio discutir religião.
Ainda mais por que é no que ela acredita.
Mas achei interessante registrar.

terça-feira, setembro 01, 2009

Rubem Alves

Tenho paixão pelas palavras que este homem escreve.
Acredito que existe uma identificação, com um homem que teve criação religiosa, estudou teologia, foi pastor, casou, foi educador e hoje se diz um psicanalista heterodoxo.
Li um texto dele, hoje, na Folha de São Paulo.
Acho que ele trouxe a baila um sentimento que me perturba frequentemente, então compartilho com todos suas palavras.

ESTOU TRISTE
Rubem Alves Folha de SP 01/09/09

Chegou-me, via internet, este artigo que publiquei faz muitos anos, a propósito do momento político que o país vivia. Eu havia me esquecido dele. Espantei-me.
Eu poderia tê-lo escrito hoje. As máscaras, os nomes, os eventos são outros. Mas o “script” é o mesmo. Será que o escrevi num momento de lucidez profética?

“Perdi as esperanças. Escrever, que sempre me foi um motivo de alegria, agora é coisa que faço me arrastando. Penso que o melhor seria parar de escrever. Vinicius se referia à sua ‘inutil poesia’. Poesia é inútil. Os poetas são fracos. As fórmulas dos demagogos são mais palatáveis. Escrevo inutilmente.
Minhas tristezas são duas. Hoje escreverei sobre a primeira: minha desilusão com o PT.
O nascimento do PT anunciou a possibilidade da esperança: fazer política de um outro jeito, combinando ética, inteligência e a opção preferencial pelos pobres.
O PT fazia lembrar os profetas do Antigo Testamento que denunciavam os ricos que exploravam os trabalhadores sem jamais fazer alianças espúrias. Aí o rosto do profeta começou a apresentar rachaduras...
Era a ocasião do plebiscito para decidir
entre presidencialismo, parlamentarismo e monarquia. O Lula e o Genoino eram a favor do parlamentarismo.
As bases do PT foram consultadas. E elas votaram pelo presidencialismo. O Genoino engoliu o sapo e se calou. Fez silêncio obsequioso, como diz o cardeal Ratzinger. Mas o Lula não demonstrou desgosto. Engoliu o sapo que as bases lhe impuseram como se fosse uma rã frita com arroz e se tornou loquaz na defesa do presidencialismo...
Fiquei estupefado, curioso sobre os processos mentais que operavam na sua cabeça para que se esquecesse com tanta facilidade das convicções de véspera.
Como psicanalista, eu ignorava qualquer caso de amnésia parecido. Intrigou-me clinicamente a forma como funcionava a cabeça do profeta, tendo-se em conta que não há caso na literatura religiosa de profeta que amoldasse suas convicções em obediência às bases...
E então me perguntei: ‘O que é mais terrível? Ser silenciado pela violência de um ditador inimigo ou ser silenciado por ordem dos companheiros?’ Ah! Também os companheiros podem ser repressores...
A unidade do partido exige que todos brinquem de ‘boca de forno’: todos têm de pensar igual. O diferente é expelido. Como na igreja.
Compreendi que eu nunca poderia me filiar ao PT porque, se há uma coisa que prezo, é a liberdade para dizer o que penso, ainda que eu seja o único a dizê-la.
O tempo passou. Veio o escândalo do ‘caixa dois’ do PT.
O profeta, que disse ignorar tudo deveria ter falado palavras de fogo contra os corruptos. Ao contrário, num fórum, na França, não só admitiu o fato como também o justificou: isso é normal no Brasil...
Agora, o inimaginável: uma fotografia do pres
idente Lula cumprimentando sorridente o possível ‘companheiro’ Orestes Quércia. Anunciava-se ali o início de um possível n noivado... Para aumentar o meu espanto hoje, quando escrevo, vi uma foto do presidente Lula alegre e sorridente apertando a mão do ‘companheiro’ Newton Cardoso, famoso ex-governador de Minas.
O profeta brinda com os falsos profetas... De fato, só ser um caso de amnésia...
Os meus queridos amigos petistas que me perdoem. Meu estômago tem limites. Há um ditado que diz: ‘Pássaros com penas iguais voam juntos...’ Concluo logicamente: “Se estão voando juntos, é porque suas penas são iguais’.
Vocês não tem saudades do PT. Eu tenho.”

sexta-feira, julho 17, 2009

Semana estranha.
Fiquei lembrando da tua amizade por mim,
completamente espontânea, durante toda essa semana.
Nunca fiz o mínimo esforço para que tu gostasse de mim.
Nunca foi necessário.
A tua simpatia por mim, deve ter nascido contigo.
Não foi tão automático pra mim.
Tu sempre fizeste questão de ser um tanto quanto assustador.
A arrogância em pessoa.
Mas atrás dessa arrogância, um dos homens mais amorosos que eu conheci ou que pelo menos sempre me tratou com amor.
Assustava todas as minhas amigas com tuas atitudes completamente estranhas.
Lembro que um dia deu uma mordida na minha bunda em pleno sistema educacional (risos).
A minha amiga quase enfartou (àquelas que vivem o mundo da caridade nunca falha temem aquilo que julgam como a aparência do mal) e eu quase te bati (a dor foi absurda - hehehe), mas era o Flávio e vindo de ti, tudo sempre foi normal.
Ainda tenho a mania de te tratar como uma pessoa presente.
Não vou perder o hábito.
Não te vi partir.
Só sei da partida, então isso ainda alimenta uma ilusão de que apenas não temos nos visto, como várias vezes aconteceu.
E agora que moro em outro estado é mais fácil de me convencer disso.

Algo tem me afligido nessa lembrança.
Não sei o que é ...

E hoje a Claudia me mandou uma foto nossa: lanche no MacDonalds num dia que fomos ao cinema juntos. Parece que foi para completar essa semana de recordação.
E eu não pedi nada pra ninguém, ela simplesmente mandou.
Que bom, não achas?
Agora estás entre as fotos das saudades!
Espero que estejas bem, mais calmo e feliz do que qdo estavas mais próximo fisicamente.
Sei que as coisas não eram do teu agrado aqui nesse mundo, e que muitas angustias te afligiam. Espero que onde estás agora haja paz.
Acho que era a única coisa que tu precisavas de verdade.
A paz que este mundo insano nunca te deu!
Eu não acredito naquilo tudo que nos ensinaram quando éramos mais jovens, por isso confio que estás num lugar bom, de verdade.
Não pelo julgamento de um tirano rei dos céus, mas pelo amor de um pai que sabe o quanto era difícil pra ti estar no meio dos insanos, a quem faltava saber amar sem julgamentos.
Por alguma razão eu precisava escrever isso.
Se não fosse a certeza que eu tenho que tudo aquilo foi bobagem, eu temeria por ti, mas eu sei que não preciso temer.
Ah, finalmente eu consegui compreender o que te deu naquela época estranha em que tiveste idéias tão estranhas.
Não foi de má intenção, mas foi a forma que encontraste de preservar a nós dois de todas as dificuldades de enfrentar os julgamentos sós.
Não te preocupe! Tenho sido forte na minha vulnerabilidade.
Na verdade, é essa delicadeza tão julgada que tem me dado forças.
E acredito que tens tido a chance de perceber isso de onde estás!!!
obrigada por olhar por mim!!

Love In The Afternoon
Letra: Renato Russo
Música: Dado Villa Lobos/Renato Russo

É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais.
Quando eu lhe dizia:"-Me apaixono todo dia
E é sempre a pessoa errada.
"Você sorriu e disse:
"- Eu gosto de você também.
"Só que você foi embora cedo demais
Eu continuo aqui,
Com meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim
Um dia de chuva, um dia de sol
E o que sinto não sei dizer.
Vai com os anjos! vai em paz.
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez.
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais
E cedo demais

Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu, que tive um começo feliz
Do resto não sei dizer.
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você esta bem agora
Só que este ano
O verão acabou
Cedo demais.

terça-feira, julho 14, 2009

Crepúsculo

Ontem, assisti - com vários meses de atraso -
o filme "Crepúsculo", com Robert Pattinson
( o Cedric do Harry Potter e o cálice de fogo).
Ainda não li o livro, mas tinha curiosidade pelo filme.
Imagino que falte ao filme um tanto mais de tensão, mas ...
entendi em parte o motivo do sucesso do livro.
E, principalmente, reconheci o dedinho da autora mórmon e suas experiencias de adolescente.
Eu vivi aquilo com meus namorados.
Na verdade, mais do que todos, vivi aquilo com o Gão.
Aquela tensão, aquela vontade e ao mesmo tempo um certo ódio
por não saber lidar com a tensão sexual e ter aprendido que deveria se reprimir
(que no caso do personagem Edward Cullen é a mais pura verdade,
e no nosso e de vários outros, não era).
Talvez para as pessoas que se permitam viver o que sentem, isso seja até supreendente,
mas para aqueles que como eu, foram treinados sob a aura do pecado,
aquela sensação deve ser familiar.
Existe um sentimento latente, gostoso e intenso dentro do seu corpo,
mas existem todos os ensinamentos, todos os castigos e todas as cobranças.
Como o Fernando sempre repetia "meu pecado está sempre diante de minha face".

Vários leões se apaixonam por cordeiros
(apesar de haver dentro de mim um questionamento sobre a ordem dos papéis),
mas eles são ensinados que enquanto conseguirem se controlar
estarão oferecendo amor verdadeiro aos seus cordeiros.
A autora, Stephenie Meyer, criou uma fábula mórmon.
Como os líderes enxergam o relacionamento amoroso.
E nesta fábula os homens são vampiros,
sedentos do nosso sangue - o sangue da virgindade.

No filme está ali, latente em cada cena, em cada fala,
e nas aproximações físicas dos protagonistas.
É ao mesmo tempo romântico, claro.
Pois eles são amigos, confiam um no outro, conversam por horas.
Mas não se permitir consumar algo que está te consumindo, cria consequencias.
Em mim, eram épocas em que eu odiava o Fernando absurdamente.
Odiava não conseguir ser apaixonada por ele,
sem ter aquelas sensações físicas que tanto me perturbavam.
Eu amaldiçoava meus hormônios.
Eu rejeitava minhas sensações.
E o que eu fazia para resolver isso????
Terminávamos.
Simples assim.

Tive uma sensação de dejavú durante todo o filme por isso.

E já se passaram 20 anos,
e eu tinha claro na minha lembrança
aquela sensação.

Não estou dizendo que foi totalmente ruim.
Nós dois conversávamos sobre tudo, ríamos juntos.
Ele se tornou parte da minha vida e da minha rotina.
E, daquela forma confusa, eu o amava, mas ... o odiava.
E não era uma questão de haver culpa.
Éramos normais e saudáveis.
Mas, éramos orientados que tudo que sentiamos era pecado.
Outras vezes vivi essa mesma sensação,
com outros namorados (tive vários, pois eu não queria casar cedo),
mas acho que por não ser a primeira vez
que as sensações tomavam essas proporções, não se tornaram tão marcantes.

Não estou afirmando que ao sentir tesão por alguém
devemos pular como predadores sobre essa pessoa.
Mas essa negação absurda de si mesmo,
como se a relação entre um homem e uma mulher
fosse a relação de um leão e um cordeiro
só prejudica as relações em geral.
Mulheres colocam-se como vítimas,
homens como violadores,
quando na verdade nós muitas vezes desejamos aquela experiência
tanto quanto os homens (ou até mais).
No caso da Bella, ela deseja, com certeza.

Eu achei doce e romântica toda a história,
só não consegui não enxergar pela janela de ex-mórmon.
E pelo tanto que eu sofri com tudo aquilo.

segunda-feira, julho 06, 2009

Moça, olha só o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
que a estrada vai além do que se vê
Sei que a tua solidão me dói
e que é difícil ser feliz
mas do que somos todos nós
você supõe o céu
Sei que o vento que entortou a flor
passou também por nosso lar
e foi você quem desviou
com golpes de pincel
Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Deixa eu ver a moça
Toma o teu, voa mais
que o bloco da família vai atrás

Põe mais um na mesa de jantar
por que hoje eu vou pra aí te ver
e tira o som dessa TV
pra gente conversar
Diz pro bamba usar o violão
pede pro Tico me esperar
e avisa que eu só vou chegar
no último vagão
É bom te ver sorrir

Deixa vir à moça
que eu também vou atrás
e a banda diz: assim é q se faz

sexta-feira, maio 15, 2009

Notícias de Paraguaçu Paulista - via e-mail e blog

Oi galera,

Tentei responder para as pessoas que me escreveram quando eu avisei das minhas mudanças um tanto repentinas. Infelizmente, fui obrigada a admitir que eu não consigo responder à todos. Então, resolvi fazer um grande comentário e – tentar - lembrar de todos. Se vocês perceberem que esqueci alguém, por favor, repassem. Se vocês não se derem conta ... td bem, vou postar este e-mail no meu blog também.

Bom, no meio do mês de abril fui contactada pelo SESI SP para avaliar se eu teria interesse em ir para Paraguaçu Paulista, e naquele meu ritmo que alguns de vocês conhecem (tipicamente escorpiano), eu decidi que tinha sim interesse na vaga (mesmo nem sabendo – exatamente – em que lugar de São Paulo ficava essa cidade). Nisso, o Mauricio, me ajudou fazendo algumas pesquisas e São Google também.

Para aqueles que não chegaram a essa parte das minhas reclamações, preciso comentar que eu estava em um processo de cansaço com o Mackenzie. (Perdoem-me aqueles que sabiam das minhas queixas por estarem mais pertinho). Eu tive de aceitar que, apesar de me relacionar muito bem com a equipe da biblioteca de Direito e vários outros profissionais da empresa, eu já não tinha mais paciência com uma série de atos e fatos que ocorriam na biblioteca, no geral, e esta falta de paciência estava me custando muito caro. Um esgotamento, um cansaço sem explicação (na verdade, muito bem explicado se considerarmos o quanto de energia se faz necessária para não falarmos tudo que pensamos - e eu nem mantinha a minha boca tão fechada assim).
E, ao encerrar a minha especialização, eu tomei a decisão de começar a procurar uma nova oportunidade profissional. Refiz meu cadastro na Catho, atualizei meu cadastro no site www.curriculum, no www.vagas.com.br, no infojobs, sem contar as pesquisas em sites especializados em biblioteconomia e a distribuição de currículos de forma aleatória e o preenchimento de todos os sites de Trabalhe Conosco cujas empresas me interessavam (aquele procedimento normal de quem quer mudar sua vida profissional). E me preparei psicologicamente para um longo período de buscas, entrevistas e tudo mais. Bom, o período foi bem mais curto do que eu imaginava. No dia 28/03 fiz uma prova do SESI para avaliação de conhecimentos técnicos, no dia 09/04 fui chamada para uma avaliação de competências e no dia 22/04 fiz meu exame médico admissional e também pedi demissão no Mackenzie. E no dia 24/04 comecei a trabalhar em Paraguaçu.
Meu primeiro dia de trabalho foi o dia da inauguração da nova sede da escola em que estou trabalhando. Dia de festas, várias pessoas (não sei o nome de ninguém mais) e eu caí de pára-quedas no meio desse agito. Mas tem suas conseqüências interessantes: Fui explicando às pessoas que eu estava em um hotel, procurando por uma pensão, ou uma casinha pequena para alugar, e acabei por obter a informação de um quarto vago na mesma casa em que a coordenadora pedagógica da escola também está morando. Fui levada para a tal casa ao final da festa de inauguração, já saí para almoçar com a coordenadora pedagógica e a irmã dela (enfermeira da família, com 8 meses na cidade). Me mudei para esse quarto no próprio dia 24, no final da tarde. E cá estou eu, instalada provisoriamente na casa da D. Maria Alice e pagando pelo aluguel do quarto a “fortuna” de R$ 120,00 mensais, devendo dividir também conta de água, luz e o que eu utilizar do telefone. E aprendendo a conhecer o trabalho de uma biblioteca escolar, em uma escola que nunca teve biblioteca antes, mas que está ansiosa para poder usar este espaço. Mas sem poder fazê-lo ainda, por que o acervo que foi apresentando a comunidade no dia 24/04 era um acervo emprestado da biblioteca de Ourinhos pois as compras de mobiliário e acervo ainda não haviam chegado. Ou seja, depois da inauguração tive de embalar todos os livros e devolver para o SESI de Ourinhos. Estou, portanto trabalhando numa biblioteca vazia, por enquanto.
Quando lembro disso, admito que tenho vontade de rir e muito.
Nunca me imaginei numa situação dessas.
Ah, e preciso comentar, não tenho auxiliar, estagiário ou quem que seja de equipe. Aqui, sou eu e eu.
Hoje, recebi a visita da supervisora do sistema de bibliotecas que veio trazer o sistema (WinIsis) para instalar na minha máquina (isso eu tenho: um computador com acesso a internet, uma mesa e uma cadeira), e me orientar para cadastrar algumas doações que eu havia avaliado por solicitação do administrador da escola. E recebi o primeiro elogio por ter embalado todos os livros, sozinha, para serem encaminhados para Ourinhos.
E estou felicíssima por que tenho 308 títulos para cadastrar, por que senão nem saberia o que fazer. Devido a toda esta situação “sue generis”, eu fico caçando trabalho.
E preciso comentar: existe um manual com todas as normas de funcionamento do sistema de bibliotecas do SESI. E de acordo com a assessora da supervisora (na verdade, nem sei bem se o cargo é esse) eu não preciso ser criativa quanto a layout ou regras da biblioteca, pois tudo isso já está padronizado, mas ... eu devo usar toda a minha criatividade e energia para criar projetos, em conjunto com os professores, de incentivo a leitura.
Eu sei.
Vocês podem comentar comigo que tanta animação ainda é prematura.
Afinal, eu acabei de chegar.
Mas admitam, principalmente aquelas pessoas que partilham da mesma profissão que eu: já estou em uma empresa que merece ter seu mérito reconhecido se formos considerar experiências anteriores (minhas e mesmo de colegas).
Infelizmente não temos acesso ao nosso catálogo de forma on-line, o sistema é o WinIsis que nesse meu primeiro dia de uso achei chatinho, chatinho, mas só de começar a trabalhar em um lugar em que as regras são claras eu já fico muito entusiasmada.
Não sou de muitas vaidades.
Mas claro que eu tenho a minha vaidade profissional: eu gosto de ser clara e gosto de lugares em que se pode ser clara. Se não se pode ser assim, eu já começo a achar que a empresa não vale o meu esforço e nem das outras pessoas que eu veja como capacitadas investindo seu tempo ali.
Não me interessa poder dizer que eu mando mais que alguém, mas me interessa saber que eu posso fazer um trabalho bem feito, num lugar que me valoriza e respeita.
Não me interesso pela vida alheia, mas me interesso pelo meu trabalho.
Só me interessa a minha vida, a vida dos meus amigos e dos colegas que eu acabo por considerar também meus amigos. De resto, eu sou absolutamente sossegada.
E, confesso, estou absolutamente sossegada.
Tenho muita coisa prá aprender, com o grupo da biblioteca, com o pessoal da escola, com o pessoal da cidade. E só de me sentir assim, precisando aprender, já me sinto renovada. Espero que as coisas continuem assim.
De resto, preciso administrar as saudades.
Confesso que estou administrando bem melhor do que ao sair do RS.
Talvez por estar mais perto (são 6 horas de viagem daqui para SP), talvez por já ter vivenciado esta sensação e já não senti-la tão sofrida, e não ser uma extrema novidade.
Saudades da galerinha da biblio! todos os dias me pego pensando o que eles estão fazendo, torcendo para que a próxima colega que venha a trabalhar com eles seja usuária da biblioteconomia do bem (sabemos que nem todas são). Saudades do Lucrécio, do Agnelo, da JanJan, da Jojô, do Zito, do Nilson (q tb está em nova etapa de vida profissional), Marcílio e suas brincadeiras, saudade de exigir do Will o meu café por volta das 15h30min, saudades do Douglas ouvindo rock pauleira, saudades do Ric (Henrique para os intimíssimos como eu, a Andréia e o Juvas), etc, etc., etc.
Saudades da Gladisinha, da Amanda, da Pá, do Mau, do Vini de La Rocha (amor gaulistano absoluto), da Géka, da Déia (com quem convivi tão pouco e com quem me apeguei tanto), de todo o povo por quem eu tinha carinho que eu não vou citar nome a nome se não vou tomar uma surra de alguém que eu venha a esquecer. Ah, mas preciso citar: saudades de ficar brincando com o Fred no apartamento de manhã enquanto eu tomava café! Como um cachorro faz diferença na vida da gente!!!
E agora estas saudades se somam às saudades dos meus amigos do Rio Grande do Sul.
Dia desses eu estava conversando (teclando) com o Léo e comentando: nunca mais estarei em lugar algum, sem sentir saudades de alguém: conseqüência de virar cidadã do Brasil, quiçá do mundo.
Buenas, por enquanto, estas são as minhas novidades.
Abraços e obrigada por todos os votos de que tudo seja um grande sucesso!
Amém!
Sempre que eu puder vou atualizar vocês.

segunda-feira, abril 20, 2009

I dreamed a dream

Que esta conversa fique somente entre nós dois.
Como se ninguém, de forma alguma, pudesse compreender do que estou falando.
Como se somente tu, pudesse compreeender a direção das minhas palavras.
Talvez alguém mais compreenda, talvez não ...

Eu vi teu rosto numa velha fotografia.
Como há pouco tempo vi o meu rosto numa velha fotografia enviada por uma amiga.
Confesso que me assustei mais com a tua imagem do que com a minha.

Mas preciso te dizer algumas coisas.
Não com respeito a tua aparência, mas como eu me sentia, e como eu sinto ainda hoje.

Quando nós éramos "nós", eu te achava o rapaz mais lindo e mais inteligente
que eu tinha a oportunidade de namorar.
Te achava perfeito.
Assustador de tão perfeito.
E o que mais me assustava era ter sensações perfeitamente normais,
como atração, por exemplo.
Eu sentia muita atração por ti.
O que era natural. Eu tinha 18 anos: hormônios na flor da idade.
Tu era uma rapaz lindo, com uma expressão amorosa.
Tu também tinha atração, e isso me assustava por demais.
Quantas vezes desejei que ficássemos longe um do outro,
de tanto medo que eu tinha do que sentia.
Mas, ao mesmo tempo, te enxergava sob a ótica da menina encantada
pelo príncipe encantado: te achava perfeito.
Eu enxergava em ti, caráter, capacidade de ser fiel, romantismo, capacidade de amar,
de se esforçar para me enxergar e me oferecer aquilo que me fizesse feliz.

Hoje, pensando bem, acho que fui por demais injusta contigo.
Te tranformei numa entidade alada, incapaz de erros, e de inseguranças.
Um homem perfeito por quem eu podia me esforçar para esperar mesmo que ficasse só.
Um erro!
Devia ter compreendido isso.
Qualquer deslize teu, por mais sutil que fosse, jogaria por água abaixo
o púlpito que eu havia construído prá ti.
E então, ocorreu o deslize ... tu me deixaste só.
Não por estar distante fisicamente,
mas possivelmente por já não se sentir vinculado a uma pessoa com quem não tinhas
mais nenhum contato a não ser por cartas.
Possivelmente, o amor havia acabado.
Éramos jovens, e tínhamos todo o direito de mudar de idéia.
Mas eu não conseguia compreender isto.
Me senti traída, abandonada e deixada de lado.
E passei a perceber cada deslize.
E quando retornaste, eu ainda sentia afeto, mas ... estava impregnado de dor e ressentimento.
E eu via cada palavra meio torta, como uma demostração tua do quanto eras um safado.

Eu enxerguei a tua carência de afeto, como mais uma prova do quanto éras imprestável.
Do quanto eu era tonta em ainda alimentar algum tipo de expectativa sobre nós.
Mas não era por ter uma visão realista, mas por me sentir traída.
Levei muito, muito, mas muuuuuuuuuuito tempo para poder te perdoar.
Na verdade, só consegui mudar meus sentimentos quando fui namorar o Bencke.
Eu o amei muito, e nesse momento tu deixaste de ser "o centro".
Mas ele era um homem fraco, cheio de medos, e eu escapei disso assim que consegui enxerga-lo.
Neste momento, eu ainda não havia te perdoado.
Apenas te tolerava.
Mas ainda sentia muita dor.
O real perdão veio quando eu sonhei com a tua dor.
E, na verdade, desde o início era disso que eu queria falar.
Há muito tempo eu quero falar disso.
De um sonho.

Um sonho estranho que eu tive, quando ainda estava casada.

Quando eu já havia começado a terapia, mas ainda me esforçava por me concentrar no meu casamento e na minha vidinha infeliz de mulher casada dentro da IJCSUD.

Eu sonhei contigo, e tu estavas muito, mas muito triste,
e por alguma razão além da minha compreensão,
no meu sonho tu me procuravas para poder compartilhar a tua dor.

Lembro que no sonho eu tinha um estranhamento com a situação.

Mas lembro que enquanto conversavas comigo, eu sentia uma compaixão absoluta por ti.

Em nenhum momento do meu sonho, eu cheguei a saber - racionalmente - o que te causava tanta dor, mas lembro do sentimento de compreensão de que a tua dor, era em muito, muito mesmo, superior a qualquer emoção que eu pudesse ter sentido.

Senti a minha incapacidade de poder oferecer qualquer palavra que pudesse te dar um consolo.
Não havia palavras que pudessem ser ditas, que pudessem te aliviar.
Não havia abraço ou beijo, por mais cheio de afeto que fosse, que pudesse te acalmar.
Eu sabia que não.
Ninguém conseguia te consolar naquele momento.
Isso era nítido.
Apesar disso, eu te ouvia, e sabia que era o melhor que eu podia fazer: estar ali, te ouvindo.
Lembro até hoje da sensação.
Da sensação de inutilidade, de dor, de incapacidade, e de amor por ti, com a qual eu acordei.
Eu sonhei a noite inteira com isso.
E eu não imaginava "o que?" podia te causar tanta dor.
Alguns meses depois ... eu soube ...
Tu havias experimentado a maior dor que um homem pode sentir.
Tu havias perdido um filho.
E, por alguma razão, totalmente inexplicável prá mim:
eu sintonizei contigo e com a tua dor.
Eu tentei estar presente.
Não faço idéia de como isso aconteceu.
Mas sempre quis te contar, e nunca, jamais tive coragem.
Quando alguns meses depois eu soube da tua perda, eu realmente compreendi.
O quanto eu precisava te perdoar, e me perdoar por ter errado e exigido demais do amor.
Por que eu entendi que a tua dor, merecia que eu pudesse te dar amor.
Daquele momento em diante, eu fiz todo o esforço para te ver como um grande amor.
Um amor de ciclo encerrado, mas ainda assim um grande amor.
E, não foi difícil, por que aquele sonho me devolveu o respeito e carinho por ti,
que me acompanham até hoje.

Eu gostaria de me sentir no direito de chegar perto e te dizer isso.
Mas, na verdade, isso eu ainda não sinto.
Existem energias que me dizem que o melhor
que eu posso fazer por nós dois é ficar no meu canto.

Se algum dia precisares de mim, de novo, eu vou saber.

Porém, eu precisava de alguma forma deixar essa história registrada.
Eu queria ter falado sobre ela no início deste ano.
Martelou na minha cabeça várias vezes.
Mas, as oportunidades passaram e eu não contei.
E nem estou contando agora.
Não prá ti.
Várias pessoas já ouviram sobre este sonho, e elas nem te conhecem.
Achei injusto que tu não soubesses algo, que de alguma forma parece ter acontecido entre nós.
Algo que me fez compreender o quanto somos amigos.
Se algum dia, eu conseguir te contar, vai me deixar uma sensação bem melhor.
Mas por hora, no meio de tantas mudanças, isso é o melhor que posso fazer.

sábado, abril 04, 2009

Reza a Lenda ...

Reza a lenda ... em família, que eu nasci com um “gene” de bibliotecária.
Diz minha mãe que sempre se fazia uma brincadeira com as crianças da nossa família, para compreender quais as coisas que futuramente interessariam a criança, realmente.
Então, colocava-se a criança no chão, cercada de diversos objetos e ficavam observando qual, dos diversos objetos, realmente atrairia a criança por mais tempo. Minha mãe contava que a minha avó fez este teste com os 4 filhos, e, no ponto de vista dela, esse interesse inicial se concretizou na vida adulta dos filhos dela.
Bom ... minha mãe fez o mesmo “teste” comigo.
Eu amei uma revistinha em quadrinhos, depois de ter mexido em todos os outros objetos.
Então, quando eu me tornei Bibliotecária, minha mãe me contou essa história.
Para ela, o meu interesse inicial estava se materializando de alguma forma.
Bem que eu poderia ter me tornada design gráfica ou desenhista de história em quadrinhos
(que eu adoro por sinal) mas eu virei bibliotecária.
Mas eu não sou bibliófila.
Sou apenas bibliotecária.
E gosto muito do que faço.
Pena, é que nem sempre gosto dos outros bibliotecários.
Às vezes, eu tenho vergonha de ser bibliotecária.
Talvez, em todas as profissões as pessoas tenham estas fases de questionamentos.
Eu tenho frequentemente.
Prá ser honesta, desde a faculdade.
E quando eu comecei a trabalhar, isso tornou-se quase crítico.
Não pense que não admiro bibliotecários.
Muito pelo contrário.
Admiro vários, e posso citá-los: Flávio Nunes, de uma cultura geral (e de abobrinhas também) e conhecimento de catalogação absolutamente impressionantes; o Vladimir Luciano, classificador de CDU fantástico, também com uma cultura acima da média (mais tímido e reservado que o Flávio, se é que isso é possível), o Roberto Moura, conhecedor de Aleph (sistema de gerenciamento de bibliotecas) sem competidores.
A Lourdes Ulian, minha chefe enquanto eu estava na biblioteca da OAB, ser humano incrível e profissional dedicadíssima. E acima de todas: Tânia, Miriam e a Graça, minhas primeiras chefes bibliotecárias, e que me deram os maiores exemplos de dedicação ao trabalho, às necessidades dos usuários, e – sempre - com o maior respeito pelos seres humanos que trabalhavam com elas. E de uma firmeza e gentileza ao mesmo tempo, que eu sempre admirei.
Estas três influenciaram, e muito, a minha postura como profissional.
Nem imagino se elas fazem noção disso, mas é a realidade.
Assim como a Lourdes que tem o maior amor pelo que faz, sem deixar de ser uma pessoa com vida particular completamente a parte da biblioteconomia ( o que eu acho imprescindível em qualquer profissão).
Nesse quesito eu tive muita sorte.
Mas ao atuar ... confesso que meus questionamentos da época de estudante apenas aumentam. O que faz uma pessoa ser bibliotecária, quando um grande número de bibliotecários - que eu acabei por conhecer - apenas confirmam estereótipos das eras medievais.
Pessoas que não lidam com pessoas, que gostam de papéis e objetos, apegados ao lugar da caneta em cima da mesa, chamando a mesa e os equipamentos de seu local de trabalho, de “minha mesa”. Pessoas que se apegam a mesquinharias, e deixam o trabalho de lado para se comportar como lavadeiras de beira de rio, se ocupando mais da vida alheia do que de suas responsabilidades. Pessoas chorosas e muitas vezes mal educadas.

E não me venha falar que isso se deve a ser uma profissão de solteironas (outro estereótipo). Gente mal amada também consegue casar. E odeia a vida que leva, mas descarrega esse ressentimento ao seu redor, principalmente entre os auxiliares.
Esquecem que, por de estarem dentro de uma biblioteca, estão atuando na área de gestão de pessoas. Na verdade, nem se interessam em aprender a gerir pessoas.
Usam a biblioteca e sua equipe para uma sessão de descarregar neuras, enquanto deveriam freqüentar um psiquiatra. E não melhoram, e morrem de inveja de quem melhora.
Eu gosto de pesquisar, atender, falar com usuários, aprender coisas novas com meus usuários. Claro que me canso, me sinto exigida, mas eu gosto.
Mas em várias oportunidades, eu fico pensando ... que eu precisava estar em outro ambiente.
Me apego em acreditar que todas as profissões tem suas ovelhas negras, mas ... e quando a gente só enxerga ovelhas negras, faz o que?

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Hoje eu recebi umas fotos ...
Fotos de uma velha amiga, que pertenceu ao grupo de amigos do meu "passado branco".
(Preciso esclarecer: é dessa forma que eu me refiro ao meu tempo na IJCSUD:
o meu passado branco.
Enquanto a maioria das pessoas fala do seu passado negro, eu inverto a expressão.
Tudo era branco, deveria ser imaculado, mas na verdade me parecia infeliz e sem vida,
por isso a opção pela expressão inversa).

Eu quase nem me reconheço nas fotos, mas sou eu, o "eu" daquele momento.

Tentando .. se esforçando prá se enquadrar... prá ser "normal" ... prá ser feliz
vivendo daquele jeito e acreditando que aquilo me faria bem prá sempre.

Eu estava procurando segurança.

A segurança que não senti na minha infância, eu procurei na igreja.
O conforto que eu não encontrei nos meus pais, eu construí ...
através do evangelho de Jesus Cristo.
E eu gostava daquelas pessoas.
Não estava mentindo, ou encenando.
Eu realmente gostava de várias delas: da Cema, da Zazá, Jackinha, da Charlene, do Careca,
Weiss, Bela, Mauricio, Tiago, Felipe, Leozinho, Dodô, Zera, da Coca, da Sandrinha,
Totonho, Jéferson, Shei, Ester, Gil, etc., etc., etc., etc pois se eu começar a citar
nomes aqui .. o rosário não vai acabar tão cedo.
Eu não esqueço deles.
Nenhum dia.
Lembro das músicas, das orações, dos discursos, dos ensinamentos.
Eu não os esqueci.
Apenas ... não acredito no mesmo que eles.
Essa é a parte dura de ter uma memória que sempre traz as lembranças de volta.
Mas eu não quero estar lá, vivendo aquela vida que me fazia sentir incapaz sempre.
Pois fazer tudo que era orientado: no mínimo três orações por dia, abençoar todo o alimento que eu fosse ingerir, ler as escrituras diariamente, fazer exegese e compreender a escritura, fazer seminário, instituto, dar aulas aos domingos, visitas de professora visitante, visitar as crianças e suas famílias, ou as moças, ou ir na reunião de integração, fazer reunião familiar, receber os novos membros e visitantes, ser missionária de estaca, fazer genealogia, etc., etc. e etc.
E nunca fazer tudo.
Aquilo me deixava mal, me sentindo a última das criaturas.
Mas eu me esforçava.
Eu acreditava que aquilo era o correto.
Era o lugar onde eu poderia ser amada, enfim, como eu sou.
Mas, então, vieram as necessidades de cumprir metas, dividir estacas, abrir novas alas,
fechar cotas de missionários por ala, e eu fui ficando farta.
Se eu tivesse sido honesta com os meus sentimentos, teria ido embora uns bons 8 anos antes.
Eu fui ficando farta, de não poder questionar, pois quem questiona 'está com espírito de contenda e a contenda é do demônio."
Eu fui ficando farta do meu bispo chamar na reunião sacramental para minha conselheira na organização que, teoricamente, eu presidia, uma pessoa que eu não queria prá trabalhar comigo.
Fui ficando farta da esposa do presidente da estaca que contava aos quatro ventos
que comia uma lata de condensado por dia (sinal absurdo de depressão mais que profunda)
fingindo que era feliz e que estava acima dos reles mortais.
Eu fui ficando farta dos ex-líderes de grandes cargos com a síndrome de eu posso certas coisas erradas pois "eu sou um líder".
Grande merda!!!!
Eu fui ficando farta das tentativas escandalosas de me mandar prá missão: que eu deixei de sentir o desejo de ir conforme as minhas amigas foram retornando (amargas, céticas, duras).
Cansei de ver mulheres sendo casadas com homens de quem a liderança suspeitava da masculinidade para 'resolver' um futuro problema em potencial.
Eles não se importavam no que isto implicaria na vida dos dois,
queriam apenas empurrar um problema prá baixo do tapete.
Se eles seria felizes? Quem falou em ser feliz?
O fato de casar vai fazê-los felizes.
Solucionará todos os problemas (de todos os envolvidos).
Cansei de mulheres fortes e inteligentes se subterem a amebas ambulantes
que eram ex-missionários, e com eles casarem para viver vida de mendigas.
Afinal de contas, como o cara era ex-missionário e foi para a missão numa ostensiva barganha com Deus, ele seria abençoado com um maravilhoso emprego (apesar de não ter qualificação nenhuma). Proliferavam os zeladores, caseiros e porteiros naquela geração.
Eu esgotei de tudo, dia a dia, pouco a pouco e quando eu me dei por conta, eu não confiava mais.
Eu não queria mais que ninguém soubesse nada de mim.
Eu queria que a igreja explodisse mas que parassem de se intrometer na minha vida.
Foi com esse espírito que eu me mudei para a ala de Nonoai, no fim do meu casamento.
E as coisas absurdas que eu vi, em São Leopoldo, Nonoai, Restinga, ou qualquer lugar ...
estavam cobrando seu preço.
Quando minha separação estourou e todas as fofocas que a acompanharam,
eu queria tudo, menos estar na IJCSUD.
Eu não via amigos ou irmãos.
Via sanguessugas se alimentando da dor alheia.
O tom de quem queria saber da última fofoca.
De quem se realizava em saber que não era o único a ser infeliz.
Mas eu ainda me enganei por algum tempo.
Achei que voltaria.
Nunca mais quis voltar.
Nunca mais quis pertencer aquele ambiente podre, e como dizem as escrituras,
"caiado de branco por fora, mas completamente podre por dentro."
Por isso o meu passado branco.
Eu estava ficando igual.
No piloto automático, sem emoção, sem amor a nada.
Cansada.
Sugada e vazia.
Ouvindo várias e várias mentiras e tentando fingir que aquilo não me incomodava.
Eu ficava vendo homens que um dia eu tinha admirado, mas que não conseguiam ter respeito por ninguém, mas ... no púlpito eram ótimos maridos e pais.
Não sei a quem eles pensavam que enganavam ...
Fui eu que dei aula para os filhos deles e vi a tristeza e solidão daquelas crianças.
Eles não conseguiam amar ninguém.
Quanto mais a mim, que era um ser avulso lá dentro.
Eu era um número, uma meta, uma missionária em potencial, uma líder, uma voz no coral.
Uma obrigação.
Eu não queria ser isso.
Eu não quero sentir isso pelas pessoas: uma mera obrigação.
Agora eu sei, que as pessoas de quem eu ainda gosto,
e que não tem mais nada com o meu presente, eu, realmente, gosto.
E aquelas pessoas que eu não gosto, eu não tenho obrigação de fingir nada.
Não pertenço mais ao elenco deste teatro.
As fotos me trouxeram essas lembranças.
De tudo de podre que há no reino da igreja.
Mas tem um monte de gente lá dentro, se enganando como eu.
E como muito mais resistência a se enganar do que eu.
E que de tanto esforço consegue dar amor, cuidado, mas que pensam que só tem isso para oferecer por que pertencem a igreja.
Eles nem imaginam que a capacidade de amar é inerente a eles.
A Igreja, felizmente, nada tem com isso.
Eles são pessoas amorosas, graças a existência.
As religiões deveriam erigir monumentos a estas pessoas.
Sem elas, as religiões desmoronariam rapidamente.
Mas as pessoas amorosas, fortes e carismáticas, porém sem noção da própria força, as mantém vivas.

domingo, fevereiro 08, 2009

Previsões para 2009

Previsão desde Fevereiro 2009
para Lenira Dill, data nascimento 2 Novembro 1970
by www.astro.com

Saturno Quadratura Lua: Tempo de reajustes

Do início de outubro 2008 até meados de julho 2009:
Este trânsito pode representar uma época bastante difícil em termos de sua vida pessoal e doméstica. No plano psicológico, é possível que se sinta só e isolada dos demais.
Talvez se sinta deprimida e pouco digna de ser amada.
Às vezes a simples lembrança de ações passadas a fará sentir-se culpada por não haver feito jus a suas próprias expectativas.
Este trânsito pode criar dificuldades em seus relacionamentos pessoais, principalmente com as mulheres, porque sua comunicação emocional parece ter entrado em pane.
Seu trabalho poderá fazer-lhe exigências que entrem em choque com suas responsabilidades domésticas, obrigando-a a negligenciar uma das duas áreas.
É possível que seus pais representem uma fonte de preocupações neste momento.
O conflito agora se dará entre a estruturação do seu ego, seu senso de individualidade e singularidade e sua necessidade de criar raízes.
De algum modo lhe será difícil ser você mesma e fazer o que deve e, ao mesmo tempo, manter seus relacionamentos e obter o apoio emocional e o reforço que deseja e necessita das pessoas queridas.
Esses elementos de sua vida na verdade não estão em conflito, já que são princípios complementares que devem entrar em equilíbrio um com o outro.
O problema é que um dos elementos ficou fora de seu controle e, enquanto isso, prejudica o outro, exigindo um esforço seu para ajustá-los.
Essa situação é a causa oculta da solidão e depressão que geralmente acompanham este trânsito.
Talvez você tenha de fazer mudanças importantes em suas prioridades de vida.
É possível que precise abrir mão de certas coisas no trabalho em favor de sua vida pessoal e emocional ou que rompa com um relacionamento que venha interferindo desnecessariamente em seu trabalho. Em qualquer dos casos, será preciso restabelecer o equilíbrio entre esses dois aspectos de sua vida de modo a permitir que as coisas entrem nos eixos novamente.

Saturno Trígono Saturno: Estabilidade interior

Do início de novembro 2008 até meados de agosto 2009:

Neste momento você terá condições de usufruir de suas anteriores realizações, considerá-las pelo que representam em si e seguir em frente. A idéia chave é: você atingiu um ponto em que pode compreender sua própria vida e, assim, está mais apta a assumir seu controle consciente. Não se trata de mera compreensão intelectual, mas da sabedoria que vem da experiência.
Você já passou por certas coisas e agora pode ir em frente fazendo uso dessa compreensão.
O momento pressagia tranquilidade em sua carreira e profissão.
Chefes e superiores apreciarão sua forma comedida e ponderada de abordar o trabalho, além de observar o resultado de sua experiência pregressa. Os relacionamentos, que são um reflexo daquilo que você é, também estarão mais estáveis neste momento graças a sua própria estabilidade íntima.
Também sua visão da vida atingiu um ponto de equilíbrio.
Você terá uma boa noção da maneira como vê a vida, e ela funcionará tão satisfatoriamente que talvez você nem se questione muito a respeito. O problema é que, como este não é um período de desafios, você não terá como saber até que ponto suas idéias resistirão a futuras crises. Você pode responder apenas pelo passado. Embora o futuro seja uma incógnita, ele sempre depende do passado. Por isso, mantenha sua mente aberta e flexível. Você só sabe aquilo que conhece, e isso não é tudo. Continue a analisar-se e veja o que pode ser aperfeiçoado. Mesmo que esteja satisfeita com sua vida agora, pense como as coisas podem mudar.

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