domingo, maio 15, 2011

Procura, Pedro Camargo Mariano

Descobrindo novas velhas músicas.
Hoje pela manhã, escutando a Nova Brasil FM
ouvi esta música pela primeira vez.
E tive uma experiência de paixão a primeira audição.
Coisa rara em mim.

A letra é essa:

Andar, andar, andei
Eu procurei por toda parte
Não encontrei um só lugar
Em cada porto e cidade não vi você.

No mar, o mar, o mar,
Eu naveguei por tanto mar
E naufraguei ao acreditar
Que a solidão do imenso mar
Trouxesse a paz.

Pensei que encontrando você talvez
Toda tristeza do mundo que sei
Fosse embora num segundo eu achei
Que bastaria você...
E eu errei,
O que eu queria já estava em mim
O céu, a terra, você, enfim...
Todo esse tempo que percorri
Era o que procurava,
Não vi.


Por algum motivo que eu não sei explicar,
sinto que parece comigo.

domingo, maio 08, 2011

Domingos

Domingos são dias difíceis.
Por serem véspera de segunda-feira também, mas, simplesmente, por ser domingo.
Não gosto de domingos.
No passado, com a igreja, ocupando meus dias,
os domingos não me perturbavam.
Tinha reunião dominical, serão, ensaio do coral, etc, etc.
Como poderia me incomodar com os domingos.

Quando deixei de frequentar a igreja,
eu descobri a dor que este dia me causa.
É um dia com cara de família e amor (na minha cabecinha oca).
E eu nunca tive essa coisa família e amor,
aos domingos.
Sempre foram obrigações (as visitas da minha mãe),
ou solidão.
Então, domingos são naturalmente difíceis.

Mas hoje foi um domingo bem difícil!
Aceitar viver uma situação sue generis na minha vida,
já é difícil, mas ... depois da páscoa, ficou mais difícil ainda.

Eu sinto falta!
Sinto falta do cheiro, do corpo, do toque, da presença.
Nos dois últimos domingos, essa ausência me causou um imenso vazio.
Foi como se tivesse acordado muitos e muitos dias da minha vida
junto dele, e, de repente, isso tivesse encerrado,
e eu não soubesse viver sem isso.
Hoje, a primeira coisa que fiz, foi ligar pra ele.
Não tinha levantado, na verdade.
Estendi o braço, peguei o telefone, mandei um sms, e logo depois, liguei.
Para compensar o fato, de que não posso ter a presença.
Preciso de ações que me iludam: ouvir a voz, trocar mensagens, ver a foto.
Sinto falta, saudade, angústia!
Não imaginei que, em tão pouco tempo, essa pessoa pudesse ser o que tem sido.
Eu estou apaixonada, e não sei como lidar.
Tenho levado a vida como um alcoólatra em recuperação:
cada dia de cada vez.
Cada dia tem "a dor e a delícia de ser o que é".
A dor, de não tê-lo e a delícia de sentir como se estivéssemos sempre juntos.
Nos últimos anos,
meus "relacionamentos" não me trouxeram essa delícia,
somente a dor da solidão ao lado de alguém.
E agora eu tenho a delícia de sentir alguém comigo
(parecemos emocionalmente conectados),
mas que, fisicamente, está tão longe,
que chego a sentir dor de tanta saudade!
Não sei o que fazer pra resolver.
Nâo sei "como" fazer pra resolver.
Nem ao menos sei, se conseguiremos ficar no mesmo lugar.
Mas se alguém me desse essa oportunidade hoje,
sei que agarraria com unhas e dentes,
pois não aguento mais a dor da distância.
Ouvir a voz, todos os dias, tem sido pouco pra mim.
Muito pouco!
"E pouco, eu não quero mais!"

Quem sou eu

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Garibaldi, RS, Brazil
Sem palavras pra descrever