quinta-feira, dezembro 21, 2006

Vambora com Adriana Calcanhoto

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, v'ambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas

domingo, dezembro 17, 2006

Em São Paulo

Bom, prá quem por acaso ainda não sabe,
estou morando em São Paulo, desde fevereiro de 2006.
Já passei por várias fases desde então ...
Morava longe prá caralho do meu trabalho (estava no Butantã e trabalhava no Pari, o que significava quase a mesma coisa de sair da Restinga para trabalhar na Zona Norte de Porto Alegre).

Muito tempo entre ônibus, metrô e ônibus de novo.
Com a diferença que eu ainda precisava considerar a
instabilidade do trânsito de SP,
o que significa ... estresse puro.

Cansei dessa vidinha (apesar de gostar da casa da Gládis,

onde eu estava morando, até por que tive a oportunidade de conhecer o José - um chileno muito gente boa que era bolsista do Fernando
e que ficou dividindo o espaço dos hóspedes comigo),
e mudei para um pensionato na região da linha azul do metrô,
mais especificamente no metrô Vila Mariana.
Ficou mais fácil morar assim.

Mas daí, eu realmente, comecei a sentir saudades de casa.
Tive finais de semana em que me lembrava dos guris (Vini, Rêna, Z e Lu) e sentia um aperto no peito, uma saudade!!!!!!!!!

Choraaaaaaaaava!!!!!!!
Cheguei a aparecer no trabalho com a cara inchada de tanto chorar e inventar que era da sinusite pra galera não ficar encanada comigo.
Depois foi suavizando.

Fui fazendo amigos.
Me soltando um pouco do sul.

Fiz amizade com o Well.
Conheci o Eric.
Fiquei mais próxima da galera do trampo.

E um dia, o Well me disse que eu precisava abrir meu coração para as pessoas de Sampa; que se eu assim permitisse, eu ia ter mais e mais amigos aqui,
e não ia ser tão doloroso estar longe de Porto.
Quase na mesma época o Eric me disse a mesma coisa.
Eu resolvi considerar o que eles estavam falando.
E eles tinham razão.

A saudade continuou existindo, afinal ... ainda amo os guris, amo e sinto saudades dos outros amigos, mas ... agora eu tenho amigos por aqui.
Já consegui me ordenar melhor nesse aspecto.

Até consigo encontrar mais a Gladis

(o que no início era uma dificuldade, por causa da distância
- me dava um desânimo me deslocar até a casa dela,
visto não ter metrô naquela região).
A gente ficava se falando por telefone ou mail, mas quase nem se via.
Devido as distâncias, as vezes, eu fico muito tempo sem ver as pessoas.
A Rajani (que voltou prá SP em agosto) eu só encontrei uma vez desde então.
Ela mora numa região nada a ver com a minha.
O Celso (que é um amigo que eu tenho em Sampa desde os 15 anos) eu só consegui encontrar uma vez, e a Aloka e o Raghu eu só conversei por telefone.

Mas mesmo não encontrando os velhos amigos,

tenho pessoas com quem posso conversar quando o coração aperta.
A Ana Cris, por exemplo, que me foi apresentada logo que eu cheguei em Sampa,
estudante de direito lá da USF,

e que é uma doçura de pessoa (mais uma libriana na minha vida).

As pessoas foram se instalando no meu coração e eu fui curtindo.
O Well, Eric, Zara, Flavinho Suekuni, Wagner, Michelle, Ana, Dó, tantos nomes novos na minha lista de amigos ...
E daí relaxei com a cidade.

O que me estressou, e muito, foi o trabalho.
Um tédio, um saco, problemas,

e eu resolvi que precisava arrumar um outro emprego.
E desde que tomei essa decisão já fiz várias entrevistas.
A UNIBAN foi a primeira.
Depois vieram um escritório de advocacia, a UNINOVE, o Mackenzie, PUC-SP.
Ainda não rolou nenhuma delas.
Mas, a minha vida profissional segue se mexendo.
Nem de longe, me lembra Porto Alegre,

onde eu não conseguia nenhuma entrevista sequer.
A única dificuldade é que ainda não consegui a nova colocação, mas sigo na luta.
Não vou desanimar pois eu preciso de um lugar com uma energia melhor.
Mas sigo na batalha na USF.
Tem muita coisa prá ser feita e eu vou aproveitar o que posso aprender com isso, mas seguindo na busca por algo melhor prá mim.

Meu coração???
Segue batendo, mas as vezes, eu suspeito que protegido, escondido atrás dessa energia de fazer amigos e conseguir boas colocações, voltar a estudar, me qualificar melhor.
Nunca mais me apaixonei.
Tive uma atração forte pelo Leal, mas ...

ele era tão enrolado, tão perdido que o interesse
foi michando, michando e acabou.
Quando ele ganhou uma bolsa prá estudar na Venezuela

... eu nem me emocionei, nem fiquei triste, ou lamentei a ausência.
Fiquei feliz que ele tivesse a chance de realizar o sonho dele,

como por qualquer amigo, mas ... nem me abalei.
Meu interesse já tinha se esgotado.

Mas ...
com tanta vontade de me apaixonar!!!!!!!!!!!!
Sentir o coração preenchido pela energia de outra pessoa na minha vida.
Sentir a palpitação que dá no coração quando se está amando.
Viver uma relação com todo o pacote incluído.
Tem sido uma necessidade constante nos ultimos meses.
E falo isso prá muita gente.
Acho até engraçado.
Nunca fui, exatamente, muito aberta nessas coisas

(e em muitas outras), mas agora isso
seguidamente vem a baila nas minhas conversas.

Ah ... e agora não consigo me imaginar voltando a morar em Porto Alegre.
Parece que vou ser sempre visita por lá.
Gosto de Sampa, mesmo que em alguns momentos não goste

(quando chove horrores; quando não vejo o céu
por que a poluição deixa o céu cheio de nuvens cinza;
quando o trânsito enlouquece,
quando o metrô fez greve, quando o PCC marca presença.
Só que existem tantas outras coisas ...
Mas disso eu falo em outro momento.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

O Meu sabotador interno

Não sei se já aconteceu com vcs ... mas comigo isso já se repetiu várias vezes. Fui ao banheiro, viver o meu "momento medidativo do dia" e saquei daquelas revistas velhas que ficam rolando pela casa, meio sem utilidade, mas ... que demoramos a descartar.
Então (como um bom paulistano falaria no meu lugar), encontrei esse textinho básico entre as páginas da revista.
E dei muita risada. Achei hilário.

Mas me fez pensar sobre a verdade do texto abaixo.

Também tenho um sabotador interno.
Que, frequentemente me diz para não sair de casa, mesmo quando tenho uma festa "ma-ra-vi-lho-sa" para ir. E me fala várias outras bobagens, nos momentos em que eu menos preciso disso.

Eu preciso me concentrar muito para não dar ouvidos, àquela vozinha estúpida que fica me dizendo, que não tenho competência para tanto; que sou burra mesmo; ou que não sou uma mulher interessante, bonita, inteligente; que não devo almejar mais prá minha vida; que devo me conformar com o que eu obtive até hoje; que não faço mais do que a minha obrigação.

Uma vez, lembro nitidamente, eu estava encerrando a relação com um cara que deixou bem claro prá mim que, ou eu me conformava com muito pouquinho naquele relacionamento, pois era o que ele tinha prá dar, ou a gente tinha de encerrar a história, pois ele era a fim, mas do jeito dele, e que eu precisava ser compreensiva.

Compreensiva o caralho!!!!

Eu já tinha tido muita paciência, tinha investido um monte na história, corrido atrás do cara, como jamais tinha me permitido fazer, e ele vinha com o papo de que eu tinha de me conformar com aquilo (que vcs talvez não saibam ... mas era pouquinho, pouquinho).
E me peguei ali, falando prá ele que não era a fim, mas ouvindo uma vozinha dentro da minha cabeça dizendo que "pouco era melhor do que nada"; "aceita";"se conforma".
Continuei dizendo o que eu queria, mas ... a voz ficou ali, dentro de mim, falando bobagens. Quase nem acreditei que aquilo estava acontecendo comigo.
Mas eu fui determinada, bati pé com o cara, ... e com a maldita voz.
Tinha um lampejos de descrença na minha vontade, e quase dei créditos prá tal 'voz'.

A história com o cara acabou ali, e eu me senti legal por ter atendido às minhas necessidades. E, principalmente, por ter vencido o meu sabotador interno.

Aquela vozinha estúpida ...

Não quero esquecer disso nunca mais.
Quero lembrar que eu posso dizer NÃO para essas bobagens que estão gravadas dentro de mim, e que vêm tentando derrubar meu crescimento.

Seja por medo, por defesa, por covardia, condicionamento, ou por qualquer motivo.

"Os barcos não foram feitos prá ficar nos portos (onde estão seguros)".

Vou buscar lembrar sempre disso.


Para o Pequeno Sabotador Interno


Venho por meio desta manifestar o meu repúdio pelo seu recente comportamento. Você estragou tudo, mais uma vez.

Quando me aprontava para sair, disse que eu estava feia. Quando experimentei outra roupa, insinuou que eu já não tinha idade para usar aquilo. Quando cheguei ao meu compromisso, não me deixou falar o que eu havia pensado. E, no final, ainda conseguiu me fazer ser grossa, apressando as despedidas.

Ora, quando você irá crescer? Cansei da sua irresponsabilidade. Compreenda, de uma vez por todas, que estamos no mesmo barco.
Se afundo, você vai junto - será que esta metáfora não está óbvia o suficiente?

Não me venha, portanto,com argumentos de homem-bomba. Se você discorda de mim tanto assim, por que não vai embora daqui de dentro? Abaixe esse punhal, apontado para as minhas costas, e cave com ele um túnel de fuga se for necessário. Não podemos é continuar desse jeito, nessa burra relação autodestrutiva, em que o conteúdo fura a própria embalagem.

Até quando você me elogia é com o intuito de me derrubar, já percebeu? Faz com que me acredite linda e sagaz para, no instante seguinte, rir dos meus tropeços. Dizendo "não falei?", com aquela sua cara de madrasta. Torpedeando minhas forças ainda durante os planos de ataque.
Minando meus passos ao pisá-los comigo.

Chega, então. Paremos com isso, antes que acabe em tragédia.
Antes que, na falta de um gesto meu, por você evitado, eu desabe em escombros. Quero, mais do que nunca, me arrepender depois do que digo e do que faço. Abro mão, com alegria, de todos os seus péssimos sábios conselhos. A vida é curta demais para tamanha precaução e longa demais para se repetir os mesmos erros.

Sim, cheguei a me divertir em sua companhia, quando ainda conseguia ver algum charme no insucesso. Tempos passados. Hoje, luto com unhas e dentes para que tudo dê certo. E das suas idéias, sempre cheias de lógico pessimismo, preciso distância.

Não pretendo, porém, uma separação litigiosa, pois sei que você conhece todos os meus pontos fracos e aguarda apenas uma boa oportunidade para atingi-los. Com suas observações de última hora, mortalmente precisas. Proponho, isto sim, um cessar-fogo: você deixa de me dar conselhos e eu imediatamente deixo de segui-los.
Parece-me uma trégua justa.

Não te desejo mal — entendo que você fez o que tinha de fazer, muitas vezes com a minha velada cumplicidade. Mas estou pronta a ir até o fim nessa luta, a tirar você de mim quanto antes. Saiba que, a partir de hoje, você está como imigrante ilegal aí dentro. E pode até conseguir fugir por um tempo, escondendo-se em subterfúgios. Seus dias de impunidade, entretanto, estão contados.

Se você não me atrapalhar, é claro.


(Fernanda Young)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Amor? Saudade? Ilusão?

Se pode ter dentro do coração um espaço de amor, por uma pessoa com quem você não tem como manter contato, nem proximidade, e que, pensando bem, não se tem mais nada em comum, depois de se passarem mais de 15 anos sem aproximação?

Eu sempre tenho a sensação que sim.
É a única coisa que explica o carinho que eu tenho pelo Fernando até hoje.
De todos os meus ex-namorados (e por surpreendente que possa parecer, eu tive vários), ele é a pessoa por quem eu mais tenho essa sensação de proximidade, carinho, cuidado.
Me preocupo com ele até hoje.

Não sei o que é ... mas já aceitei como parte de mim.

Por causa disso que eu sou da comunidade "É sempre amor, mesmo que mude".

domingo, novembro 05, 2006

Angústia

Estar em Porto Alegre, por uma semana ... me enlouqueceu, angustiou.
Ao mesmo tempo, foi legal.
Rever amigos, lugares, comer no "Tudo pelo social", comer um cheese bacon, de verdade.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Deu prá ti

Deu Pra Ti
Kleiton e Kledir

Deu pra ti

Baixo astral
Vou pra Porto Alegre
Tchau

Quando eu ando assim meio down
Vou pra Porto e...bah! Tri legal
Coisas de magia, sei lá
Paralelo 30
Alô tchurma do Bonfim
As gurias tão tri afim

Garopaba ou Bar João
Beladona e chimarrão

Que saudade da Redenção
Do Fogaça e do Falcão
Cobertor de orelha pro frio
E a galera do Beira-Rio

Deu pra ti
Baixo astral
Vou pra Porto Alegre
Tchau

quarta-feira, outubro 18, 2006

Simples Desejo

Simples Desejo, com Luciana Mello
Composição: Daniel Carlomagno e Jair Oliveira


Que tal abrir a porta do dia,dia
Entrar sem pedir licença
Sem parar pra pensar,
Pensar em nada…
Legal ficar sorrindo à toa,toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua

Pra viver e pra ver
Não é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo
Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem (2X)

Legal ficar sorrindo à toa,toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua
Pra viver e pra ver
Não é preciso muito não
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez não

Eu só tenho um simples desejo

Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem (4X)

domingo, outubro 15, 2006

Tanta Saudade, com Ana Carolina e Seu Jorge

Composição: Chico Buarque

Era tanta saudade
É , pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu ficar na saudade
É , deixa estar
Saudade mata a gente
Saudade mata a gente, menina
Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem

Yeah, tum tum tum, tumtumtumtum, yeah...

Mas restou a saudade
É , pra ficar
Ai, eu encarei de frente
Ai, eu encarei de frente, menina
Se eu ficar na saudade
E deixar
Saudade engole a gente
Saudade engole a gente, menina
Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é bem mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem
Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração

Tum tum tum, tumtumtumtum, yeah...
Ai, amor, miragem minha, minha linha do horizonte,
é monte atrás de monte, é monte, a fonte nunca mais que seca
Ai, saudade, inda sou moço, aquele poço não tem fundo, é um mundo e dentroum mundo e dentro é um mundo que me leva...Yeah, tum tum tum, tumtumtumtum, yeah...

Chimarrão

Hoje, enfim, fui tomar um chimas com o Eduardo (um cara da Estaca de Canoas que encontrei em São Paulo).
Tava "meio assim", sem saber se não ia ser um programa de índio ir para o Ibirapuera tomar chimarrão com um cara com quem nunca tive muito contato. Na verdade, tive tão pouco contato com ele, que na primeira vez q nos reencontramos, nenhum dos dois lembrava o nome do outro.
Mas foi legal!
Não doeu nem nada (hehehehe)!
Enchi a barriga de chimas até ficar verde, conversamos sobre conhecidos em comum, idéias sobre a vida, igreja, relacionamentos, a cidade, as estranhezas com os costumes e culturas.
Foi bom estabelecer mais um contato nessa terra.
Quem sabe, uma companhia prá sair, ou pelo menos, para curtir um chimarrão.

De resto, continuo distribuindo currículos, em todas as empresas que eu consigo atinar.
Continuo trabalhando muito durante a semana.
E ficando esgotada, morta, quebrada no final de semana, de tão cansada.
Êta vida mais ou menos.

sábado, outubro 07, 2006

São Paulo e a vida

Queria conseguir contar tudo que passa na minha cabeça prá todos que estão longe (lá em casa - sim, eu ainda digo lá em casa, em Porto Alegre) e também para aqueles que estão mais perto.
Queria conseguir colocar os pensamentos em ordem e deixar as coisas registradas no meu blog, mas nem sempre tenho paciência de atualizar, escrever, descrever, detalhar, mas ... posso tentar, e é tudo.

Prá começar, eu gosto de São Paulo.
Não gosto de algumas outras coisas pelas quais eu passo aqui (meu emprego, o enorme buraco de saudade que seguidamente me possui), mas eu gosto das possibilidades, opções, pessoas.
No início, todos os finais de semana eu queria voltar para Porto.
Chorei muito.
Doía.

Daí foi acalmando e eu fui abrindo espaço prás pessoas daqui, e fui fazendo amigos.

Alguns pelos quais eu sou apaixonada, como o Well (que é muito viajandão, me obriga a pensar em questões que para as quais eu nunca tinha sequer olhado, e que em alguns dias, deve me odiar por que eu fico perguntando das emoções dele, sobre toda e qualquer coisa que ele experimenta).
É o meu 'primo", amigo, confidente.
Às vezes, eu penso que quando o PCC entrou em ação, aqui na paulicéia para me recompensar a existência me deu o Wellington.
Não pensem que ele é um amigo calmo, amoroso, expansivo e resolvido.
Não é!
Se é que é possível, ele é bem mais confuso que eu (para que tenham uma idéia, ele acredita que o controle das emoções é o que vai salvar o ser humano de uma série de dificuldades enfrentadas hoje ... vcs não fazem idéia da quantidade de polêmicas que isto já rendeu nas nossas conversas)... mas ele me diverte muito, e eu consigo relaxar, rir, discutir, debater e provocá-lo com satisfação.

Tem as pessoas com quem retomei contato em São Paulo, como o Rajat.
Por incrível que pareça, acho que saímos mais juntos aqui, do que em todo o tempo que nos conhecemos em Porto Alegre.
Tem o Eric ... que é difícil de explicar.
Um homem amoroso, preocupado, atencioso, mas ... que tem o talento de me deixar angustiada ... as vezes.
Sim ... ele consegue me deixar angustiadíssima.

Nunca consigo sentí-lo relax, parece que ele está ocupadíssimo em fazer coisas, e não sinto que ele esteja fazendo o que é a fim. E isso vai me exasperando de tal forma que eu tenho dificuldades com ele.
Quando eu o sinto relaxado, fazendo o que ele, realmente, quer ... ufa, eu curto muito!
E nessas horas eu ficaria do lado dele por horas.
Mas ... vcs não fazem idéia do quanto é raro sentí-lo relaxado, inteiro, entregue, decidido a estar ali.
Parece que ele está sempre ocupado em não deixar nada faltar para os outros, mas com uma enorme falta dentro de si e eu me percebo perdida, assistindo todo o movimento dele, que ao mesmo tempo não combina com as sensações que me vêm.
Mas no dia em que eu precisei de um ombro, chamei por ele, ele foi extremamente cuidadoso, e alguns dias depois ligou, conversou, foi novamente atencioso, e eu me senti muito bem cuidada! Mas apesar disso a angústia na nossa relação persiste (alguma coisa que mexe em mim ao olhar prá agitação dele). Diferentemente do Well ... que eu procuro, brigo, xingo, e digo que amo e sinto falta, mesmo que eu goste do Eric, eu não consigo espontaneamente, convidá-lo prá fazer qualquer coisa ... sem me sentir em dúvida.
Por exemplo, dia desses, estava fazendo tatrak e me veio a idéia de convidá-lo para fazer uma meditação daquelas mais calminhas: heart chakra ou nadabrama ou mesmo tatrak. Não convidei até hoje.

Ah... as meditações.
Tenho sentido falta de meditar.
Por isso voltei a fazer tatrak.
Tenho feito todas as noites antes de dormir.
Só tenho conseguido chorar durante o tatrak.
No resto do tempo, está fechado, protegido na minha redoma.
Parece que o meu coração está fechado.
Na semana passada fiz uma massagem, e quando a massagista tocava nas minhas costas num ponto similar ao peito, eu sentia uma dor profunda (fazia tempo que eu não sentia dor nos meus "risquinhos" como senti naquele dia). Talvez eu esteja precisando soltar mais do que eu me permita enxergar.
or isso escolhi voltar ao tatrak, sempre foi bem elucidativo.
Ainda mais, considerando-se que eu quero um novo emprego, e preciso de foco.

Não tenho mais vontade de voltar a Porto Alegre todos os dias.
Tenho vontade de arrumar um novo emprego, todos os dias, horas, minutos do meu dia.
Isso é certo!

terça-feira, setembro 26, 2006

Medo de Amar nº 3

(Adriana Calcanhoto)

Você diz que eu te assusto
Você diz que eu te desvio
Também diz que eu sou um bruto
E me chama de vadio
Você diz que eu te desprezo
Que eu me comporto muito mal
Também diz que eu nunca rezo
Ainda me chama de animal

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer

Você diz que eu sou demente
Que eu não tenho salvação
Você diz que simplesmente
Sou carente de razão
Você diz que eu te envergonho
Também diz que eu sou cruel
Que no teatro do teu sonho
Para mim não tem papel

Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer

... Me amar!

Papai

E ele vai ser pai ... e o meu coração se aperta de inveja, de raiva, por saber disso.
Eu consigo fazer algumas coisas comigo ... que me fazem duvidar que eu tenha um pingo de compaixão por mim mesma.
"Meu amor, cadê você ... eu acordei, não tem ninguém ao lado ..." (Adriana Calcanhoto)
E há dias, o meu coração se aperta com uma dor, uma coisa engasgada e eu não estava conseguindo chorar.
E foi tão fácil ... bastou ele me contar a 'novidade' e as lágrimas brotaram rapidamente.
Obrigada Tejas, por ter me dado atenção!
Obrigada Vini!
Pelo menos ... de falta de amigos, eu jamais vou morrer.

terça-feira, setembro 19, 2006

Já sentiu inveja e despeito ao mesmo tempo?
E aquela sensação de fracasso misturada?
Pois é, eu senti isso qdo vi o depoimento da namorada dele no orkut.
A sensação de que eu entreguei os pontos e deixei passar.
"Deixei prá outra pessoa, viver o meu sonho", como se EU, não merecesse.
Foi foda!

Me senti a cretina, otária, e por responsabilidade própria.
Ninguém em obrigou a passar por isso.
Fui eu mesma que construí essa situação.
Um saco!!!!

quinta-feira, agosto 31, 2006

Ah... o Leal

O Leal vai para a Venezuela, realizar um sonho.
Estudar medicina.
Coisa que ele nunca conseguiu aqui.
E já tinha se conformado que não conseguiria.
Está em choque, pois ele tinha tanto medo que eu fosse embora, se conseguisse um emprego no sul, e deixasse ele na mão ... pois ele vai embora e nem conseguimos ficar juntos de tanto medo que ele tinha. Ele me olha, como se tivesse se dado conta do quanto os medos o impediram.
De quanto ele perdeu, por causa do medo.
Talvez eu aja igual a ele, em outras situações.
Foi bom ver isso de perto.

Espelunca

Tem certas horas em que eu odeio essa empresa.
É a legítima ... espelunca.
Sem ordem, sem respeito, sem nada que valha a pena.
Apenas paga o meu salário e me possibilita trabalhar com o que eu gosto.
Mas ... é uma bela porcaria, se fazendo de grande coisa.
E eu tô cansada da galera.
Ás vezes, agradeço as poucas oportunidades de não ter nenhum deles por perto.
Silêncio...
é tudo que eu desejo nesse ambiente cheio de barulho e ensurdecedor.
Os clientes ... argh ... grosseiros, mal preparados, infantis, não sei como sobrevivem, ou talvez, seja isso, ... eles apenas sobrevivem.
Descobri a minha arrogância com muita força aqui.
Meus julgamentos, minha capacidade de menosprezar a ignorância humana.
A preguiça de ser independente, me irrita.
A falta de inteligência me esgota.
A falta de vontade de aprender, mas ... querendo obter um diploma de curso superior.
UM HORROR!!!!

sexta-feira, junho 30, 2006

Meu coração ...

Tô de coração fechado, fechado!
Não gosto de me sentir assim!
Saí com o Leal, e me sentia completamente desconectada da pessoa, só tava precisando descarregar. (Pegar um cara pra descarregar tensão sexual)
Sei lá, pode não ser, realmente ruim, mas eu não me sinto bem com isso.
Tem um julgamento interno de que isso é horrível.

Talvez ... eu precise aprender a ser menos julgadora comigo mesma.

Por que, apesar do julgamento, eu fiz o que eu senti vontade de fazer na hora, e não enrolei, não fingi que tinha algo mais, não me fiz de compreensiva ou coisa assim, entrei com a energia que eu tenho por ele.
Mas eu acho q é uma energia mesquinha, miserável.
Eu sei que eu posso dar muito mais para um homem!
Mas não tenho vontade de trocar algo mais com ele.
É uma escolha.
Mas uma escolha que eu julgo ruim e mesquinha.

terça-feira, junho 27, 2006

Enfim, vida???

Várias idéias na cabeça ...
Estudar prá concursos tanto nacionais qto regionais;
Aprender a curtir SP, com as dificuldades já verificadas
(o fechamento da galera e o meu também, principalmente);
Encontrar vida afetiva em Sampa
(coisas q eu curto,
atividades de rotina q me façam sentir em casa,
novos amigos, novos interesses,
terapia, aula de violão, percussão);
Arrumar uma casa prá morar, e ficar com o meu jeito;
Encontrar um emprego melhor aqui em Sampa mesmo,
me sentir mais conectada com a empresa e
poder realizar atividades mais interessantes;
Resolver umas pendências que eu tinha
desde a época do meu divórcio
(coisas q eu devia ter resolvido há séculos,
mas me acomodei, e agora estou precisando q fiquem,
realmente, resolvidas)
E outras que vão surgindo aos poucos ...

No final de semana que passou,
fui em um casamento.
Ui ...q horror!
Casamento católico de renovação carismática ...
Fui mórmon tempo demais, e
acho essas coisas meio "evangélicas" quase abomináveis!
hehehehe
na verdade, abomino algumas expressões religiosas!
Não q eu não respeite a religiosidade humana ...
muito pelo contrário ... só não acredito no cerimonial
e fico irritadíssima com quase tudo q acontece.
Já entendi que sempre que eu for nesse tipo de ritual
vou me incomodar, ficar entediada, quase em choque!
E o mais engraçado, é q eu fico me comparando comigo mesma ...
e é isso q faz a situação mais insólita ainda.
Eu era daquele jeito, completamente crédula naquele ritual,
e agora ... nem pensar.
A vida muda, as pessoas mudam, e eu sou a prova viva disso.
Engraçado também porque algumas cerimônias me cativam
Porque sinto uma energia de confiança nas pessoas, e acabo me emocionando,
Mas em outros casos ... bate uma sensação de falsidade que cria ogeriza ao evento.

No domingo, dia de sol, céu azul, em São Paulo.
Quase inacreditável, mas foi real.
E a noite, fui ao cinema com o Eric (ex Abhati).
Escolhemos o programa errado.
Quando vi estávamos tagarelando horrores
e o tempo acabando, pois o filme já iria começar.
Devíamos ter escolhido fazer algo que nos permitisse
Conversar mais, mas acho que o medo de não termos nada em comum foi maior.
E no final das contas, acho q tínhamos muito pra trocar.

terça-feira, junho 13, 2006

Depois da ausência

Fiquei ausente ...
sem vontade de escrever, sem tempo, sem assunto.
Não que não houvessem assuntos, mas eu não estava a fim.
Há algum tempo, pensei em retomar ...

Mas hj, eu levei um susto.
Há algum tempo atrás eu estava numa história que era um ata nem desata com um cara daqui de São Paulo.
Já tinha me desinteressado porque o considerei muito enrolado.
Pois bem ... hj ele me disse que sabe que fugiu por bobagem, mas que se propõe a enfrentar os medos dele e viver o que for possível viver ainda na história.
E eu ainda estou em choque.
Porque eu o considerava carta fora do baralho e já estava investindo em outra história, e agora ... não sei o que fazer.
Por que me emocionou, ouvir o que ele tinha prá dizer, mas ... já não estava mais a fim e disse isso prá ele, e ele aceitou.
Disse que entende a situação criada e que eu vou acabar relaxando com ele e deixando rolar.
Tava tão na boa ... tão disponível ...
Nunca tinha passado por isso antes.
Sei lá, ainda estou me recuperando ... mas acho q vou considerar com calma tudo o que ele me disse.

E eu tentando tirar meu amigo junkie do meu coração ...
um dia depois que eu apaguei ele dos meus amigos do orkut, apaguei dos meus contatos do msn, pois eu decidi que será uma boa maneira de ir me desvencilhando dessa coisa que eu nunca vou bancar.
E aí me aparece o Leal, com uma disposição que eu nunca percebi nele.
E tem o Alfredo ... putz, q coisa estranha!!!!

domingo, abril 16, 2006

Sentimentos novos

Falei com o Léo por telefone muito rápido.
Q coisa ...
fiquei feliz de ouví-lo!
Ouvir a voz dele depois de tanto tempo ...
Tìnhamos nos falado na quinta-feira, mas ...
sei lá ... eu não tinha ficado tão tocada!
E daí, entrando no avião, rapidamente, falei com ele.
E quando desliguei ... meu coração tava dolorido de saudades!
Eu gosto muito dele!
Sinto muita saudade!
Coisa estranha ...
Nunca tinha sentido algo assim, por alguém ...

sábado, abril 15, 2006

Ciúmes ...
Um dos sentimentos mais desprezados no ser humano,
por todos os problemas que ele causa, por todos os malefícios
que pode trazer para a relação das pessoas.
Lembro que, na minha infância, minha mãe me criticava por ser ciumenta.
Usou meu ciúme como desculpa para não ter outros relacionamentos,
mas ao mesmo tempo me reduzia a um pedaço de lixo, porq eu sentia isso e
demonstrava isso várias vezes no meu comportamento.
E aquilo me deixava profundamente envergonhada...
E, aos poucos, eu fui deixando de demonstrar isso.
Tornou-se algo baixo, vil, pequeno e que não devia aparecer.

E eu acho que junto com o meu ciúme sumiu a minha coragem.
A coragem de amar e ser amada, a confiança de que eu tenho todo o direito do mundo em sentir.
Sem julgar o que eu estou sentindo.
Uma armadura de proteção que foi me fazendo desaparecer ...
e eu sempre falava muito nisso, que se eu tivesse a possibilidade,
eu "gostaria de ser da cor da parede para não ser vista",
e então, eu tirei de mim o direito de sentir ciúmes.

Falo isso por causa do mesmo cara de sempre: Léo.
Ele tá namorando.
E eu tenho ciúmes dele!
E como é difícil lidar com o que eu sinto, e ao mesmo tempo com o que eu fui condicionada a acreditar... sim, porque na real, é isso que está me consumindo.
O que eu sinto: ciúme!
Fico puta da cara de imaginar que ele está com alguém, e não comigo.
sinto inveja, raiva e um misto de coisas.
Sei que eu nunca banquei o que eu gostaria de viver com o Léo.
Em nenhum momento me determinei a chegar frente a frente,
olhar nos olhos do Léo e dizer que sou a fim dele,
que o meu coração fica preenchido com a presença dele
com uma facilidade assombrosa e assustadora.
No máximo, falei algo parecido por mail, mas ...
nunca na cara.
Temi ser rejeitada!!!
Mas também temi ser aceita e amada por ele.
Uma loucura, uma viagem, uma confusão.
Daí eu fui pelo caminho mais fácil,
o de sempre, sair fora, fingir que sou uma parede (daquelas bem apagadas).
Mas agora, que ele está com alguém, se relacionando,
amando, transando ... eu tô com ciúmes!!!!
Fazia muito tempo que eu não experimentava isso.
Era mais uma questão de orgulho que de ciúmes.
Eu nem conseguia fazer a distinção exata.
Agora, eu reconheço com todas as letras .... CIÚME!
É uma coisa dolorida, que te corrói mas ao mesmo tempo ....
é lenta, dá prá suportar, sobreviver, mas está ali ... presente.
UM SACO!!!

Mas eu sempre suporto.
Engulo, e deixo passar.
Só que está se tornando estranho ...
dentro de mim, algo mudou ...
eu estou achando insuportável, insustentável.
Eu sinto saudades do Léo, e tem aumentado.
Eu queria vê-lo, conversar, dar um abraço, ficar perto, mas ...
não tenho coragem. O medo de ser rejeitada parece maior.
Algo dentro de mim, diz que eu não vou ser, mas ...
eu tenho medo dele!
É isso que pega também: eu tenho medo dele!
Do que eu sinto, do que eu já experimentei quando estivemos juntos.
Da abertura do meu peito, quando tive coragem de ficar com ele ...
e da dor que veio logo depois.
Da vontade de vê-lo brilhar, como eu sinto que ele pode,
e do medo que eu tenho de acabar me enrolando de novo,
sendo machucada, iludida ou qualquer coisa semelhante.

E no meio do meu medo,
da minha vontade de fugir,
ele foi viver.
Tem um lado meu que tá extremamente feliz
e satisfeita com isso ... parece que eu participei ...
Não sinto que isso seja loucura,
mas também acho absurdo.
Por que eu queria muito vê-lo crescendo, se libertando do condicionamento dele.
Mas eu não quis fazer o mesmo ... eu ainda preferi fugir.

Eu amo um monte aquele cara!!!
Mas só consegui falar isso prá ele, enquanto era para o meu amigo que eu estava falando.
Hoje ... acho que não ousaria.
Mas não deixou de ser verdade ...
só teve alguns acréscimos!

Precisava falar disso,
temme atormentado desde que eu soube que ele está namorando.

quinta-feira, abril 06, 2006

Mario Quintana

""Canção do Amor Imprevisto""

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E a minha poesia é um vício triste, Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
[nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Toda vez q eu vejo essa poesia em algum lugar, eu me lembro do Rubem.
Engraçado como a mente do ser humano funciona ...
as lembranças voltam, não porq vc tenha desejado,
elas simplesmente voltam, sem convite.
Rubem Pinto de Mello
(a representação clara e óbvia da minha covardia em viver o amor, o primeiro entre várias caras que eu deixei passar, porq a história não era prá mim)

quarta-feira, abril 05, 2006

Não deu certo

Não rolou a história que eu estava tentando
do apartamento perto do metrô Paraíso.
Q saco!
Eu tinha achado o apartamento perfeito.
Tava até achando a galera super gente fina.
Mas todo mundo amarelou ...
4 homens e uma mulher, acho q deu medo.
Na real, pelo jeito, deu mais medo na mulher de um dos caras.
Como se ele fosse tudo isso...
Não q eu não tenha achado o cara, gente do bem, não é isso ...
mas não deu a menor vontade de ficar com ele, a não ser na parceria.
E a "excelentíssima" não topou.
Mas ... tá ok!
Já passei por rejeições piores.
Engraçado q tinha me batido justamente isso:
que a mulher dele não ia gostar.
Tô ficando boa nesse negócio de intuição...
Começar a jogar mais tarô e cobrar por isso
hehehehehe
quem sabe, até largo a Biblio e passo a viver das cartas
hehehehe
eu brinco mas ... não combina comigo.
gosto q o dinheiro venha do prático,
e as cartas me tragam reposição energética de graça.

De qualquer maneira, eu já tinha começado a busca novamente.
Vamos ver no que vai dar.
Tomara que eu encontre uma galera do bem,
cabeça aberta, q goste de sair, curtir
essas oportunidades todas que São Paulo oferece.
Criar novos amigos!
Me apaixonar por eles!
E daí a história flui ...
Na real, não sinto essa cidade tão diferente das outras,
só que é maior, com certeza.
Tem mais gente, mais dor, mais loucura, porq é maior ... só isso.

Eu tenho saudades de casa todos os dias!
Minha casa, minha família: os meninos!
Nunca senti tanta saudade das pessoas!
Dói ... mas tb é legal!
Quer dizer q o meu coração tava inteiro naquele espaço.

sábado, abril 01, 2006

Novas mudanças

Tô cansada de morar no pensionato.
Faz apenas 1 mês e meio e eu estou me sentindo aprisionada. Sufocada num espaço em q eu não consigo relaxar.
Todo o resto nessa cidade parece bem legal, mas o pensionato me cansa.
Então ... comecei a procurar casa nova.
Hoje fui visitar um apê, q tem uma galera q quer dividir.
O apê é show, espaçoso, e o quarto disponível tb é bem legal!
Vamos ver se vai rolar, tomara q sim. Fiquei a fim.
E amanhã ... amanhã eu tenho um encontro com o Leal.
Quer dizer ... td indica q eu tenho um encontro com o Leal, se ele não se enrolar, como sempre faz. Ele é bom nisso. É cabeção (estudante de psicologia não podia ser de outra forma), mas ... me atrai, e no momento, só estou considerando isso.
Não é nada mais q isso, mas nada impede q seja ... ou não.

E no feriado da Páscoa, estarei em casa de novo!
Q saudade! Q coisa boa!
A única coisa estranha vai ser o fato de que o Vini e o Z terminaram.
Então ... o Z não vai estar lá. Mas vou visitá-lo no feriado de 1º de maio.
Sei q essas coisas (final de relacionamento) acontecem na vida de todos, mas ...
nós nos acostumamos com as coisas e não queremos que mude.
Mas ... faz parte da vida!
Até outro dia!

quarta-feira, março 08, 2006

Vou deixar a rua me levar

Não vou viver, com alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

2x
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

2x Vou deixar a rua me levar

domingo, março 05, 2006

Ufa!

E daí, guria, vai fazer o q?
Tava com essa sensação fazia dias e daí tive as confirmações q faltavam.
Ele está namorando.
E eu tive de saber disso pelo orkut, porque ele não me contou.
E nem vai. Mas tá ok, acho q é melhor assim!
Nunca ia rolar, mesmo.
Mas dá uma sensação estranha: ciúme, despeito, inveja, sei eu lá.
E, ao mesmo tempo, eu sei, eu nunca teria coragem.
E, ao mesmo tempo, eu acho tão bom!!!
Parece que me dá espaço prá investir em coisas que eu acredito que sejam viáveis.
E nele eu nunca acreditei.
Não q eu não confie na amizade dele, muito pelo contrário, mas a relação homem/mulher não iria prá frente, eu acho. E o tarô sempre me diz ao contrário, e eu simplesmente olho prás cartas e digo "nem pensar". Ainda mais agora, morando em Sampa, tá doido!!!
É engraçado... minha relação com o tarô.
Eu confio q ele me dá boas dicas ... mas não me deixo dominar.
Confio nele, mas as vezes dou crédito para o que eu penso, e acabou.
No caso do Léo, eu fico na dúvida, muitas vezes, porq o tarô é insistente,
mas acabo optando por confiar na minha escolha.
Coisas q eu determino e ninguém vai mudar porque eu confio mais em mim.
(Meu jeito de ser arrogante!!! hehehehe)
E ainda me veio saudades do Marlom!
Olha q coisa mais estúpida ...
é q na real isso sempre vem.
Desde q deixamos de nos falar, no ano passado,
isso sempre vem.
É um saco! Só diminuiu o número de vezes q acontece.
Mas continua acontecendo, só que mais espaçado.
Ainda tenho esperanças que simplesmente acabe.
Ele foi tão importante prá mim.
E é um saco ter que aceitar isso.
Que eu me meti naquele enrosco, consciente do quanto era ruim,
mas que tinha um sentimento tão bonito e intenso que ainda tá aqui,
só que eu não quero viver mais.
Eu quero viver uma relação saudável para variar um pouco.
Tô merecendo!
Como eu disse para o Amauri; eu sou uma pessoa do bem, mereço uma história do bem!
E disso eu tenho certeza!

domingo, fevereiro 12, 2006

Samba da Bênção

Cantado
É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não

Falado

Senão é como amar uma mulher só linda
E daí?
Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão

Cantado
Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

Falado
Eu, por exemplo, o capitão do mato
Vinicius de Moraes
Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô, saravá!
A bênção, Senhora
A maior ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha
Tu que choraste na flauta
Todas as minhas mágoas de amor
A bênção, Cartola, a benção,
SinhôA bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pinheiro
A bênção, meu bom Cyro Monteiro
Você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel, sua bênção,
AryA bênção, todos os grandes
Sambistas do Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido
Que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas por viajar
A bênção, Carlinhos Lyra
Parceiro cem por cento
Você que une a ação ao sentimento
E ao pensamento
Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba
A bênção, a bênção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo
Que fizeste este samba comigo
A bênção, amigo
A bênção, maestro Moacir Santos
Não és um só, és tantos como
O meu Brasil de todos os santos
Inclusive meu São Sebastião
Saravá! A bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus

Cantado
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

domingo, janeiro 29, 2006

Saudades

Vou trabalhar em Sampa a partir do dia 01 ou 02 de fevereiro.
E a única coisa que tem me feito sofrer nisso tudo
é o fato de que vou sentir saudades da galera!!!
Principalmente, dos guris: Vini, Rêna, Z, Lu, Léo. Tb da Paty!
Minha turminha mais próxima.
Minha família!
Torço para que tudo dê certo em Sampa,
porque eu quero provar prá mim mesma,
que sou adulta, madura, responsável por mim mesma
e posso ser um SUCESSO!
Não importa quantas vezes eu tenha rateado comigo mesma, antes ....
eu quero me cuidar com amor!
Beijos prá todos, sem exceção, mas um beijo especial
para a minha família do coração!!!!

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Viagem

Estou enlouquecida.
Viajo para Sampa agora de meio dia.
Nova entrevista com a universidade que está procurando uma Bibliotecária.
AAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIII
Q ansiedade! Q Felicidade!
Eu estava me sentindo muito por baixo sem nenhuma entrevista,
e agora, parece que eu vou arrumar emprego,
mudar de estado e aprender coisas novas.
E tenho o concurso em Brasília no domingo.
Loucura, loucura, loucura!

Ah, conversei com o Jero no msn, ontem.
O Jero da Frida Kahlo.
Parece ser uma pessoa do bem!
Não conheço pessoalmente, só pelo que o Léo falava, e tb pelo orkut.
E, na real, nem conversamos tanto assim.
Mas, minha intuição me diz que ele é do bem!
O que é uma pena, é que por uma dessas circunstâncias da vida,
só me aproximei dele porq briguei com o Léo.
Achei que tinha perdido o cd da Frida,
e como o Léo não está falando comigo,
entrei em contato direto com a banda e o Jero respondeu.
No fim, achei meus cds e agora converso com o Jero.
Se tivesse falando com o Léo,
nem teria me passado pela cabeça escrever prá banda.

Não sei como resolver isso.
Ontem tentei falar com o Léo no msn,
e ele simplesmente me ignorou.
Uma parte de mim, entende ele.
A outra, fica puta da cara.
E minha cabeça acha que é melhor assim!
Meu coração diz que não, que, independente das minhas viagens emocionais,
eu o considerava e, ainda considero, o meu melhor amigo.
Não podia deixar a coisa degringolar desse jeito.
Mas sinto que não vai se resolver agora.

E, talvez, eu vá embora daqui sem conseguir conversar com ele.
Isso me dói.

domingo, janeiro 15, 2006

Escrever

Quando eu era criança, eu sonhava em me tornar escritora.

Foi depois que eu li o livro "A bolsa amarela" que esse pequeno sonho,
começou a se desenvolver dentro de mim.
Eu tinha uns 8 ou 9 anos.
Nunca levei-o muita a sério, mas ... a idéia,
algumas vezes, volta.
Ontem, durante a noite, a idéia veio de novo.
E se eu conseguisse escrever sobre toda a minha vida???
Se eu conseguisse colocar no papel (mais provavelmente no computador) todas as coisas insuportáveis que a minha mente cria ... me deu uma sensação de que seria libertador.
Poder compartilhar a tempestade que existe dentro de mim,
ou também compartilhar meus vários momentos vazios.

Mesmo que as pessoas falem que eu escrevo demais e falo de menos
(que é uma coisa com a qual eu concordo em algumas vezes)
eu sinto que quando eu conseguia escrever, eu ia me soltando...
Tirando um peso das minhas costas... e do meu coração.

Hoje, eu não sei se consigo ... só escrevo no blog e,
na real, nem sempre gosto.
Às vezes é um saco!!!
Mas acho que tem mais relação com o momento que eu estou vivendo,
do que achar realmente ruim escrever.

Eu quero conseguir falar de tudo que eu sinto:
da tristeza, da raiva, da frustração, dos medos, das angústias,
loucuras, delírios, .... das pessoas.
Da minha vida, do meu passado, da minha origem!
Deixar o verbo que existe dentro da minha cabeça criar forma.
Compartilhar com todos a minha forma de pensar e ver.

Ontem eu estava me lembrando de momentos da minha vida ...
lembrei de como eu conheci o Fernando Vieira, por exemplo.
Funcionaria como roteiro para uma daquelas comédias românticas americanas.
E foi tudo real! E tinha vários detalhes tão bonitos!
E eu nunca tinha percebido antes, veio ontem, pela primeira vez.

O que perturbou a nossa relação, que era profunda, amorosa e sincera,
foi a culpa que carregamos junto com a paixão.
A culpa por sentirmos tesão um pelo outro,
e por termos sido ensinados que isso era errado,
não combinava com uma relação que o Senhor abençoasse.
Quanta dor, quanto peso e ressentimento, isso criou para os dois.
Quanto o meu medo de ser tocada e de me apaixonar,
criou vários outros obstáculos na nossa relação.
Em alguns momentos, eu o infernizei tanto, para que ele não me suportasse e fosse embora...
E ele até que resistiu bem, por várias vezes.
Eu tentava provar que os homens não valiam o risco.
Mas só compreendo, que era isso que eu estava fazendo, agora.
Namorei ele dos 18 aos 20 anos, entre idas e vindas,
e só compreendo muitas coisas que disse e fiz, agora.
E estou com 35 anos.

Tenho lembranças bem bonitas de nós dois.
Lembranças que são como uma fotografia dentro da minha cabeça.
Porque eu acredito, que algumas lembranças são tão bonitas,
importantes e tocantes, que elas se tornam fotografias tiradas pelo coração.
Eu tenho várias. Algumas delas, eu tirei com o Fernando!
Tenho fotografias lindas tiradas com diversas pessoas, e acho que nunca contei isso para elas.
Talvez, se eu começar a escrever sobre essas coisas, e registrá-las no blog ou mesmo em um livro, mais pessoas compreendam o quanto elas foram ou são importantes prá mim.
Mesmo que hoje nossa relação não tenha a proximidade que já tivemos, elas fizeram parte da minha história e são únicas, insubstituíveis, raras, prá mim.

Quem sou eu

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Garibaldi, RS, Brazil
Sem palavras pra descrever

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