sábado, maio 21, 2005

Amauri

Um tempão sem ter a mínima paciência prá escrever.
E mesmo hoje, só estou escrevendo porq preciso descansar e ficar em casa me deixa um pouco entediada, e daí, resolvi sentar na frente do computador.

Estive a semana toda brigando com as minhas questões da saúde. Dessa vez a asma, a tosse. Um saco! Detesto quando isso começa! Principalmente, porque me bate um receio de que eu acabe tendo de ficar no hospital, de novo, como no ano passado. Mas tenho me cuidado, tomado as homeopatias, me preservado do frio e da umidade sempre que posso fazer algo a respeito. Tenho tomado muito líquido, me alimentado com muita fruta, principalmente as que tem vitamina C. Estou sendo cuidadosa comigo, disso eu tenho certeza. Não estou sendo irresponsável e descuidada como já fui muitas vezes. Não tenho a mais remota intenção de me descuidar de mim mesma. Mas ... existem momentos em que eu não consigo fazer muito mais do que isso.

Ontem, eu me sentia fisicamente esgotada.
Parecia que desde a hora em que saí da cama, eu já estava pronta prá voltar prá baixo das cobertas. Nem sei como fiquei de pé e ainda consegui trabalhar.
Eu tava cansada, mal humorada, passei o dia inteiro dizendo prá todo mundo que eu não estava me sentindo legal, que estava contando os minutos prá ir embora.
Normalmente, não sou assim. Pelo menos, não me comporto como ontem.
Normalmente, se estou de mal humor fico quieta, fazendo o possível prá ninguém chegar perto. Ontem, eu tava de mal humor por ter de trabalhar e passei o dia inteiro falando nisso.
Achei esquisito mas continuei falando.

De noite, cheguei em casa, liguei para o Namastê
e avisei que não tava em condições de ir para o grupo de bio, e fui deitar.
Quase não sentia forças prá ficar de pé. Tava muito esgotada.
Uma sensação de que eu precisava de repouso, como se meu corpo pedisse desesperadamente um descanso. Só me levantei prá fazer uma miojo prá jantar, prá não ir dormir de barriga vazia, e também porque fui falar com a Lu por telefone. De resto, só a cama me seduzia. Mas foi legal, acordei um pouco menos cansada. Ainda me sinto um pouco cansada, mas não é tanto.

Ah... mas eu queria falar de outra coisa...

Na semana passada, eu vi o Amauri, depois de um tempão que a gente não se encontrava. Nossa ... eu tomei um choque! Eu senti o quanto o cara mexe comigo ainda, na hora em que coloquei o olho nele. Fiquei abaladíssima, não tinha noção do tamanho do negócio prá mim!
Ao mesmo tempo uma certa alegria de vê-lo de novo!
Enfim, o cara ainda mexe, e muito, comigo!
Passei a semana mexida com isso.
Principalmente, porque eu achava que já tinha superado.
Tinha até rolado um clima entre eu e o Pablo, e eu achei que estava dando novos passos em direção a novas pessoas, tava tão contente.
Não, eu não me apaixonei pelo Pablo. Mas tinha sido legal, me mover na direção de uma pessoa que me chamou atenção. E ele tem uma energia legal, eu tava curtindo.

Mas quando vi o "Gringo" ... ui, fiquei mexida!

Eu tive uma sensação física de vontade de estar com aquele homem, que eu nunca tinha sentido, ou pelo menos, nunca tinha identificado em mim com tanta força.
Era um lance de vontade corporal, que era impossível não reconhecer.
Parecia que gritava dentro de mim, e a minha cabeça achou aquilo um absurdo,
afinal o cara não é a fim, e se é a fim, não banca essa vontade,
e um monte de coisas passou pelo cabeção.
E daí nessa semana, eu fiz a única coisa que me pareceu plausível.
Atendi a vontade corporal.
Liguei para o Amauri, na terça-feira de noite, e convidei ele prá jantar comigo, prá gente conversar (conversar na verdade, era a minha menor das vontades, mas tudo bem, também fazia parte das minhas vontades em relação a ele).
Ele não podia jantar, tinha aula, ia chegar tarde de volta em Porto Alegre, mas ...
podia passar lá em casa depois, a gente se via, conversava mesmo que fosse só um pouco,
e daí, ficamos combinados ... ele viria aqui em casa depois da aula.

Eu fiquei com os guris (Vini, Rêna, Michel - fomos jantar no "Tudo pelo social"), já tava no rolo da tosse, precisando de descanso, de repouso.
E o "gringo" veio.
E na hora que a gente ficou na frente um do outro, eu senti, de novo.
A vontade física, a energia de tesão que eu tenho por ele, forte.
E (na minha opinião, a parte mais legal de todas) identifiquei que,
com ele a coisa também pegava.
E, a essa altura do campeonato, já tava relaxada.
Tinha conseguido fazer o que eu era a fim, que era chamar o cara,
e ainda por cima conseguia não ficar embananada com a chegada dele, e
ainda mais, conseguia sentir a energia ao meu redor e confiar no que eu sentia.
Tava tranquila, e daí foi só deixar acontecer.
Claro que eu não queria conversa, né?!?!?!
E conversa foi o que menos rolou.
E tenho que admitir: Eu e ele temos uma liga ... Q coisa boa!

Eu tava com vontade de ter aquela sensação física que eu tenho quando a gente fica junto, de prazer, de tesão, de satisfação. E de ver que essa sensação bate nele também.

Eu tava com vontade de deitar na cama com um cara,
e sentir o abraço dele sem sufocamento e ao mesmo tempo sem ficar distante.

Acho um saco, dormir com um cara depois da transa, e ele ficar grudado na minha cara, e eu acabo me sentindo sufocada e não conseguindo respirar e começo a me angustiar e quero sair de perto o mais rápido possivel, mas ...

também acho um saco dormir com um cara, que depois da transa, vira para o lado e desliga completamente do fato de que, em algum momento, teve alguém ali, do lado dele.

Com o Amauri, sempre rolou um lance de ficar junto, "dormir empernado" como ele diz, mas sem a coisa de sufocar, deixar sem espaço. Eu sempre curti isso de monte.
Engraçado ...
a história com ele me ensinou um monte de coisas a meu respeito.
Acho q eu nem sabia antes, que eu gostava de dormir empernada, corpos entrelaçados.
Na verdade, eu até curtia um certo distanciamento prá dormir.

As pessoas mudam ...
conhecem a si mesmas,
isso é bom!
Ao mesmo tempo, deixa a gente inquieta.
Hoje, eu não sei se rola alguma coisa entre eu e o Amauri, e na verdade,
não tô muito encucada com isso. Curti demais ficar com ele na terça!
Eu acho que a gente precisa conversar mas ... o importante naquele dia, foi permitir a mim mesma, ir atrás do que eu desejava e me dar aquilo que me traria prazer.
Importante mesmo,
foi que eu não pensei com aquela cabecinha pequena e mesquinha
de que não é legal um mulher ligar para um homem que ela é a fim
e dizer que ela é a fim de encontrar com ele.
Bom, já tagarelei demais.
Amanhã, ou depois, tanto faz, ... a gente conversa.

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