sábado, outubro 03, 2009

Violência urbana

No dia 30 de setembro eu estava em São Paulo.
Fui fazer um treinamento pelo trabalho.
Adorei o treinamento e teria ficado encantada com tudo que ouvi
se no final do dia não tivesse recebido um grande baque.
Fui ao Mackenzie e descobri que minha amiga Andréia
tinha se tornado mais um número na estatística da violência urbana.
O cunhado dela levou um tiro na cabeça e no coração ao meio dia daquele dia.
Eu não conheci o cunhado dela, e na verdade
ele seria mais um número estatístico se não fosse o parentesco com uma amiga.
No dia anterior ainda estávamos comentando,
que em pouco tempo de convivência tivemos uma grande simpatia uma pela outra.
E eu fui entender o tamanho da simpatia, ao receber a notícia.
Fiquei chocada.
Meu corpo todo enrijeceu quase na mesma hora.
Em certos momentos é bom ser fibromiálgica:
não tem como não reconhecer as alterações físicas.
Eu fiquei com aquela lentidão que me atinge
quando eu recebo uma bomba.
E eu teria ficado em Sampa se não fossem as minhas responsabilidades profissionais.
Tenho consciencia que nada que eu fizesse ou dissesse mudaria a dor da Déia.
Mas ... se eu pudesse teria feito algo mais.
A sensação de impotência que eu fiquei foi sufocante e opressiva.
A violência urbana bateu pela segunda vez quase na porta.
E por isso, eu lembrei da Meeta.
Como é possível um ser humano ter tamanha fúria contra outro ser humano?

Quem sou eu

Minha foto
Garibaldi, RS, Brazil
Sem palavras pra descrever