sexta-feira, maio 15, 2009

Notícias de Paraguaçu Paulista - via e-mail e blog

Oi galera,

Tentei responder para as pessoas que me escreveram quando eu avisei das minhas mudanças um tanto repentinas. Infelizmente, fui obrigada a admitir que eu não consigo responder à todos. Então, resolvi fazer um grande comentário e – tentar - lembrar de todos. Se vocês perceberem que esqueci alguém, por favor, repassem. Se vocês não se derem conta ... td bem, vou postar este e-mail no meu blog também.

Bom, no meio do mês de abril fui contactada pelo SESI SP para avaliar se eu teria interesse em ir para Paraguaçu Paulista, e naquele meu ritmo que alguns de vocês conhecem (tipicamente escorpiano), eu decidi que tinha sim interesse na vaga (mesmo nem sabendo – exatamente – em que lugar de São Paulo ficava essa cidade). Nisso, o Mauricio, me ajudou fazendo algumas pesquisas e São Google também.

Para aqueles que não chegaram a essa parte das minhas reclamações, preciso comentar que eu estava em um processo de cansaço com o Mackenzie. (Perdoem-me aqueles que sabiam das minhas queixas por estarem mais pertinho). Eu tive de aceitar que, apesar de me relacionar muito bem com a equipe da biblioteca de Direito e vários outros profissionais da empresa, eu já não tinha mais paciência com uma série de atos e fatos que ocorriam na biblioteca, no geral, e esta falta de paciência estava me custando muito caro. Um esgotamento, um cansaço sem explicação (na verdade, muito bem explicado se considerarmos o quanto de energia se faz necessária para não falarmos tudo que pensamos - e eu nem mantinha a minha boca tão fechada assim).
E, ao encerrar a minha especialização, eu tomei a decisão de começar a procurar uma nova oportunidade profissional. Refiz meu cadastro na Catho, atualizei meu cadastro no site www.curriculum, no www.vagas.com.br, no infojobs, sem contar as pesquisas em sites especializados em biblioteconomia e a distribuição de currículos de forma aleatória e o preenchimento de todos os sites de Trabalhe Conosco cujas empresas me interessavam (aquele procedimento normal de quem quer mudar sua vida profissional). E me preparei psicologicamente para um longo período de buscas, entrevistas e tudo mais. Bom, o período foi bem mais curto do que eu imaginava. No dia 28/03 fiz uma prova do SESI para avaliação de conhecimentos técnicos, no dia 09/04 fui chamada para uma avaliação de competências e no dia 22/04 fiz meu exame médico admissional e também pedi demissão no Mackenzie. E no dia 24/04 comecei a trabalhar em Paraguaçu.
Meu primeiro dia de trabalho foi o dia da inauguração da nova sede da escola em que estou trabalhando. Dia de festas, várias pessoas (não sei o nome de ninguém mais) e eu caí de pára-quedas no meio desse agito. Mas tem suas conseqüências interessantes: Fui explicando às pessoas que eu estava em um hotel, procurando por uma pensão, ou uma casinha pequena para alugar, e acabei por obter a informação de um quarto vago na mesma casa em que a coordenadora pedagógica da escola também está morando. Fui levada para a tal casa ao final da festa de inauguração, já saí para almoçar com a coordenadora pedagógica e a irmã dela (enfermeira da família, com 8 meses na cidade). Me mudei para esse quarto no próprio dia 24, no final da tarde. E cá estou eu, instalada provisoriamente na casa da D. Maria Alice e pagando pelo aluguel do quarto a “fortuna” de R$ 120,00 mensais, devendo dividir também conta de água, luz e o que eu utilizar do telefone. E aprendendo a conhecer o trabalho de uma biblioteca escolar, em uma escola que nunca teve biblioteca antes, mas que está ansiosa para poder usar este espaço. Mas sem poder fazê-lo ainda, por que o acervo que foi apresentando a comunidade no dia 24/04 era um acervo emprestado da biblioteca de Ourinhos pois as compras de mobiliário e acervo ainda não haviam chegado. Ou seja, depois da inauguração tive de embalar todos os livros e devolver para o SESI de Ourinhos. Estou, portanto trabalhando numa biblioteca vazia, por enquanto.
Quando lembro disso, admito que tenho vontade de rir e muito.
Nunca me imaginei numa situação dessas.
Ah, e preciso comentar, não tenho auxiliar, estagiário ou quem que seja de equipe. Aqui, sou eu e eu.
Hoje, recebi a visita da supervisora do sistema de bibliotecas que veio trazer o sistema (WinIsis) para instalar na minha máquina (isso eu tenho: um computador com acesso a internet, uma mesa e uma cadeira), e me orientar para cadastrar algumas doações que eu havia avaliado por solicitação do administrador da escola. E recebi o primeiro elogio por ter embalado todos os livros, sozinha, para serem encaminhados para Ourinhos.
E estou felicíssima por que tenho 308 títulos para cadastrar, por que senão nem saberia o que fazer. Devido a toda esta situação “sue generis”, eu fico caçando trabalho.
E preciso comentar: existe um manual com todas as normas de funcionamento do sistema de bibliotecas do SESI. E de acordo com a assessora da supervisora (na verdade, nem sei bem se o cargo é esse) eu não preciso ser criativa quanto a layout ou regras da biblioteca, pois tudo isso já está padronizado, mas ... eu devo usar toda a minha criatividade e energia para criar projetos, em conjunto com os professores, de incentivo a leitura.
Eu sei.
Vocês podem comentar comigo que tanta animação ainda é prematura.
Afinal, eu acabei de chegar.
Mas admitam, principalmente aquelas pessoas que partilham da mesma profissão que eu: já estou em uma empresa que merece ter seu mérito reconhecido se formos considerar experiências anteriores (minhas e mesmo de colegas).
Infelizmente não temos acesso ao nosso catálogo de forma on-line, o sistema é o WinIsis que nesse meu primeiro dia de uso achei chatinho, chatinho, mas só de começar a trabalhar em um lugar em que as regras são claras eu já fico muito entusiasmada.
Não sou de muitas vaidades.
Mas claro que eu tenho a minha vaidade profissional: eu gosto de ser clara e gosto de lugares em que se pode ser clara. Se não se pode ser assim, eu já começo a achar que a empresa não vale o meu esforço e nem das outras pessoas que eu veja como capacitadas investindo seu tempo ali.
Não me interessa poder dizer que eu mando mais que alguém, mas me interessa saber que eu posso fazer um trabalho bem feito, num lugar que me valoriza e respeita.
Não me interesso pela vida alheia, mas me interesso pelo meu trabalho.
Só me interessa a minha vida, a vida dos meus amigos e dos colegas que eu acabo por considerar também meus amigos. De resto, eu sou absolutamente sossegada.
E, confesso, estou absolutamente sossegada.
Tenho muita coisa prá aprender, com o grupo da biblioteca, com o pessoal da escola, com o pessoal da cidade. E só de me sentir assim, precisando aprender, já me sinto renovada. Espero que as coisas continuem assim.
De resto, preciso administrar as saudades.
Confesso que estou administrando bem melhor do que ao sair do RS.
Talvez por estar mais perto (são 6 horas de viagem daqui para SP), talvez por já ter vivenciado esta sensação e já não senti-la tão sofrida, e não ser uma extrema novidade.
Saudades da galerinha da biblio! todos os dias me pego pensando o que eles estão fazendo, torcendo para que a próxima colega que venha a trabalhar com eles seja usuária da biblioteconomia do bem (sabemos que nem todas são). Saudades do Lucrécio, do Agnelo, da JanJan, da Jojô, do Zito, do Nilson (q tb está em nova etapa de vida profissional), Marcílio e suas brincadeiras, saudade de exigir do Will o meu café por volta das 15h30min, saudades do Douglas ouvindo rock pauleira, saudades do Ric (Henrique para os intimíssimos como eu, a Andréia e o Juvas), etc, etc., etc.
Saudades da Gladisinha, da Amanda, da Pá, do Mau, do Vini de La Rocha (amor gaulistano absoluto), da Géka, da Déia (com quem convivi tão pouco e com quem me apeguei tanto), de todo o povo por quem eu tinha carinho que eu não vou citar nome a nome se não vou tomar uma surra de alguém que eu venha a esquecer. Ah, mas preciso citar: saudades de ficar brincando com o Fred no apartamento de manhã enquanto eu tomava café! Como um cachorro faz diferença na vida da gente!!!
E agora estas saudades se somam às saudades dos meus amigos do Rio Grande do Sul.
Dia desses eu estava conversando (teclando) com o Léo e comentando: nunca mais estarei em lugar algum, sem sentir saudades de alguém: conseqüência de virar cidadã do Brasil, quiçá do mundo.
Buenas, por enquanto, estas são as minhas novidades.
Abraços e obrigada por todos os votos de que tudo seja um grande sucesso!
Amém!
Sempre que eu puder vou atualizar vocês.

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