domingo, outubro 19, 2008

Blindness

Nunca tive um inferno astral que tivesse tanto jeito de inferno astral.
Nem tinha me atentado para o fato, logo no início, mas as coisas estão desanimadoras.
Na verdade, eu estou prá lá de desanimada.

De segunda a sexta-feira, irritadiça, cansada, me sentindo um porco espinho.

No final de semana, triste, não tão sem energia como durante a semana, mas mesmo assim
preferia me sentir de outro jeito.

Hoje, eu acordei cedo pra poder fazer um trabalho da pós, mas
acabamos nos desencontrando, no mundo virtual, eu e a minha colega.

E prá não ficar em casa choramingando,
me sentindo a infelicidade em pessoa acabei saindo e fui ao cinema com uma amiga.

E assisti Blindness (Ensaio sobre a cegueira) que eu queria ver há um tempão.

Na verdade, quanto sentei na poltrona do cinema, questionei a minha escolha.
Como melhorar de um estado de espírito crítico e deprimido, assistindo Blindness???
Bom, eu fiz o que tinha vontade.
Talvez valesse por isso.
E na realidade valeu.
Valeu pois eu queria muuuuuuuuito ver o filme.
Queria ver como havia sido transposta para a telona aquela metáfora tão absurda.
E eu gostei!
Fiquei tocada.
Não foi uma escolha ruim, apesar de algumas cenas serem muito penosas e pesadas.

E veja só, eu fiquei toda feliz por que reconheci o Rodrigo numa das cenas.
Não o Rodrigo/Rajat do sul que mora em Sampa também.
O Rodrigo amigo dele, que eu conheci num aniversário e que se chama Rodrigo Arijon.
E veja como o ser humano é estranho.
Eu achei o máximo reconhecê-lo na telona.
Fiquei toda feliz.
E ele é apenas um figurante numa cena cheia de gente.
Para outras pessoas, ele deve ter passado por uma pessoa quase sem rosto.
E eu fiquei feliz em vê-lo.
E numa época que quase nada me anima,
uma coisa tão simples, que é
reconhecer um conhecido distante numa cena de filme de cinema, me fez bem!
Eu sabia que ele tinha feito figuração, assim como o Rajat, mas achei legal reconhecer.
Queria ter reconhecido o Rajat com a mesma clareza.
Tive a impressão que o vi.
Mas não fiquei convicta.
Não foi a mesma certeza de ver o outro menino com nitidez.
Foi uma impressão.
Mas foi legal!

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