domingo, dezembro 17, 2006

Em São Paulo

Bom, prá quem por acaso ainda não sabe,
estou morando em São Paulo, desde fevereiro de 2006.
Já passei por várias fases desde então ...
Morava longe prá caralho do meu trabalho (estava no Butantã e trabalhava no Pari, o que significava quase a mesma coisa de sair da Restinga para trabalhar na Zona Norte de Porto Alegre).

Muito tempo entre ônibus, metrô e ônibus de novo.
Com a diferença que eu ainda precisava considerar a
instabilidade do trânsito de SP,
o que significa ... estresse puro.

Cansei dessa vidinha (apesar de gostar da casa da Gládis,

onde eu estava morando, até por que tive a oportunidade de conhecer o José - um chileno muito gente boa que era bolsista do Fernando
e que ficou dividindo o espaço dos hóspedes comigo),
e mudei para um pensionato na região da linha azul do metrô,
mais especificamente no metrô Vila Mariana.
Ficou mais fácil morar assim.

Mas daí, eu realmente, comecei a sentir saudades de casa.
Tive finais de semana em que me lembrava dos guris (Vini, Rêna, Z e Lu) e sentia um aperto no peito, uma saudade!!!!!!!!!

Choraaaaaaaaava!!!!!!!
Cheguei a aparecer no trabalho com a cara inchada de tanto chorar e inventar que era da sinusite pra galera não ficar encanada comigo.
Depois foi suavizando.

Fui fazendo amigos.
Me soltando um pouco do sul.

Fiz amizade com o Well.
Conheci o Eric.
Fiquei mais próxima da galera do trampo.

E um dia, o Well me disse que eu precisava abrir meu coração para as pessoas de Sampa; que se eu assim permitisse, eu ia ter mais e mais amigos aqui,
e não ia ser tão doloroso estar longe de Porto.
Quase na mesma época o Eric me disse a mesma coisa.
Eu resolvi considerar o que eles estavam falando.
E eles tinham razão.

A saudade continuou existindo, afinal ... ainda amo os guris, amo e sinto saudades dos outros amigos, mas ... agora eu tenho amigos por aqui.
Já consegui me ordenar melhor nesse aspecto.

Até consigo encontrar mais a Gladis

(o que no início era uma dificuldade, por causa da distância
- me dava um desânimo me deslocar até a casa dela,
visto não ter metrô naquela região).
A gente ficava se falando por telefone ou mail, mas quase nem se via.
Devido as distâncias, as vezes, eu fico muito tempo sem ver as pessoas.
A Rajani (que voltou prá SP em agosto) eu só encontrei uma vez desde então.
Ela mora numa região nada a ver com a minha.
O Celso (que é um amigo que eu tenho em Sampa desde os 15 anos) eu só consegui encontrar uma vez, e a Aloka e o Raghu eu só conversei por telefone.

Mas mesmo não encontrando os velhos amigos,

tenho pessoas com quem posso conversar quando o coração aperta.
A Ana Cris, por exemplo, que me foi apresentada logo que eu cheguei em Sampa,
estudante de direito lá da USF,

e que é uma doçura de pessoa (mais uma libriana na minha vida).

As pessoas foram se instalando no meu coração e eu fui curtindo.
O Well, Eric, Zara, Flavinho Suekuni, Wagner, Michelle, Ana, Dó, tantos nomes novos na minha lista de amigos ...
E daí relaxei com a cidade.

O que me estressou, e muito, foi o trabalho.
Um tédio, um saco, problemas,

e eu resolvi que precisava arrumar um outro emprego.
E desde que tomei essa decisão já fiz várias entrevistas.
A UNIBAN foi a primeira.
Depois vieram um escritório de advocacia, a UNINOVE, o Mackenzie, PUC-SP.
Ainda não rolou nenhuma delas.
Mas, a minha vida profissional segue se mexendo.
Nem de longe, me lembra Porto Alegre,

onde eu não conseguia nenhuma entrevista sequer.
A única dificuldade é que ainda não consegui a nova colocação, mas sigo na luta.
Não vou desanimar pois eu preciso de um lugar com uma energia melhor.
Mas sigo na batalha na USF.
Tem muita coisa prá ser feita e eu vou aproveitar o que posso aprender com isso, mas seguindo na busca por algo melhor prá mim.

Meu coração???
Segue batendo, mas as vezes, eu suspeito que protegido, escondido atrás dessa energia de fazer amigos e conseguir boas colocações, voltar a estudar, me qualificar melhor.
Nunca mais me apaixonei.
Tive uma atração forte pelo Leal, mas ...

ele era tão enrolado, tão perdido que o interesse
foi michando, michando e acabou.
Quando ele ganhou uma bolsa prá estudar na Venezuela

... eu nem me emocionei, nem fiquei triste, ou lamentei a ausência.
Fiquei feliz que ele tivesse a chance de realizar o sonho dele,

como por qualquer amigo, mas ... nem me abalei.
Meu interesse já tinha se esgotado.

Mas ...
com tanta vontade de me apaixonar!!!!!!!!!!!!
Sentir o coração preenchido pela energia de outra pessoa na minha vida.
Sentir a palpitação que dá no coração quando se está amando.
Viver uma relação com todo o pacote incluído.
Tem sido uma necessidade constante nos ultimos meses.
E falo isso prá muita gente.
Acho até engraçado.
Nunca fui, exatamente, muito aberta nessas coisas

(e em muitas outras), mas agora isso
seguidamente vem a baila nas minhas conversas.

Ah ... e agora não consigo me imaginar voltando a morar em Porto Alegre.
Parece que vou ser sempre visita por lá.
Gosto de Sampa, mesmo que em alguns momentos não goste

(quando chove horrores; quando não vejo o céu
por que a poluição deixa o céu cheio de nuvens cinza;
quando o trânsito enlouquece,
quando o metrô fez greve, quando o PCC marca presença.
Só que existem tantas outras coisas ...
Mas disso eu falo em outro momento.

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