Na época, achei a pergunta totalmente sem propósito.
Hoje, eu me faço a mesma pergunta.
Na verdade, já faz um bom tempo que eu me faço essa pergunta:
“Qual o motivo de me deixar impressionar por homens tão fracos?”
Minha história com o Ed, só me deixa isso bem claro.
Independente de quais sejam os reais motivos dele (frieza, desamor, fraqueza de caráter, falta de sustentação, manipulação, etc., etc. etc), no fim o que fica a mostra é que ele é um homem fraco.
Eu posso ter sido insegura, e devido a isso ele repensou toda a nossa relação, mas se fosse um homem forte, teria lidado com a minha insegurança de uma forma totalmente diferente.
Se bem que, aos meus olhos, a minha insegurança foi apenas a oportunidade que precisou pra ir embora. Ele iria embora de qualquer forma.
Os meus chiliques apenas abreviaram a conclusão dos fatos.
Essa conclusão é dolorosa.
Não pense que escrever isso não me faz mal, mas eu preciso lidar com a realidade dos fatos.
Só assim eu vou poder superar.
E como tudo está apenas no campo das ideias, pois ele não me fez nenhuma acusação concreta, não me disse coisa alguma que servisse pra considerar, eu só posso supor.
E ele mesmo me disse que eu posso supor, o que eu quiser.
Pelo menos, esse direito eu ainda possuo para um homem que me tratou com tanto desamor nos últimos dois meses.
Pra me acalmar comecei a fazer Heart Chakra.
Uma meditação que me dá uma chance e tanto de obter o equilíbrio.
A meditação oferece todo um ballet em que se estabelece num movimento a partir das mãos sobrepostas sobre o peito.
Enquanto eu faço o movimento, eu imagino meu corpo encontrando seu centro, seu “norte” (como uma direção principal da qual não quero me desviar não importa em que direção eu dê meus passos).
E eu imagino que enquanto tiro uma das mãos do meu peito pra frente, lados ou atrás (dependendo da etapa que estiver cumprindo), eu estou tirando toda a dor, decepção, tristeza, raiva, ressentimento, desejo de vingança, amargura, azedume, que possa se estabelecer em mim.
Não quero que nada disso destrua minha determinação em ser feliz e viver uma história de amor com toda a completude de que preciso e que é o meu objetivo maior.
Mas eu preciso me libertar dessa fixação em homens fracos.
Ou, simplesmente, não alimentar a expectativa de que existam homens com força de caráter.
Ou alguma outra coisa que escapa a minha compreensão limitada deste momento.
O Ed tem toda uma paixão por super-heróis: X-Men, Thor, Capitão América, Homem de Ferro, Transformers, etc., etc. Mas não consegue ter um por cento desta força que ele tanto admira nestes heróis. E eu via isso, mas mesmo assim o amava e aceitava assim. Eu via características quase infantis nele, nessa fixação por histórias de heróis e mitos, mas não achava que isso pudesse ser negativo. Hoje, eu já penso que era uma mostra do quanto ele ainda não é um homem.
E eu preciso me relacionar com um homem, pois eu SOU UMA MULHER.
Pra completar minha mensagem de hoje, vou postar dois textos que uma amiga colocou no perfil dela no face, e que eu achei que tinha muito em comum com o que expressei aqui. Grata, Katia Lyrio!!!!
Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas.
É uma forma de trocar energia, de dizer: você não se enganou, eu estou aqui. Porque por mais que os obstáculos nos desafiem, o que realmente permanece costuma vir de quem não tem medo de ficar."
"Cumplicidade é ser parceiro e fiel em todos os momentos. É andar junto e não dar as costas ao outro se o momento não for favorável, porque haverá muitos momentos ruins e aí é que serão testados teu amor e cumplicidade. Se fores dar as costas, que elas sirvam de apoio ao outro. Que não sirvam como uma muralha, parede, rocha, rua sem saída. Ser cúmplice é ser luz, caminho, mão dupla. Ter idéias para seguir junto ante as armadilhas do tempo. Ser refúgio e fortaleza."